O governo ucraniano afirmou, nesta sexta-feira (7/4), que não desistirá da Crimeia – território anexado pela Rússia em 2014. A declaração é do porta-voz da diplomacia do país, Oleg Nikolenko. De acordo com ele, Kiev não abrirá mão do território com o objetivo de acabar com a guerra.
“Não há razão legal, política ou moral para que a Ucrânia abra mão de um centímetro sequer de seu território”, afirmou o diplomata nas redes sociais.
“Qualquer esforço de mediação para restabelecer a paz deve basear-se no respeito pela soberania e na plena restauração da integridade territorial da Ucrânia, de acordo com a Carta das Nações Unidas”, completou. A declaração acontece na esteira da formulação sugerida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sugestão de Lula
Na quinta-feira (6/4), Lula sugeriu que a Ucrânia abrisse mão da península da Crimeia e a deixasse de vez com a Rússia para facilitar um armistício ou acordo de paz. Segundo o petista, Volodymyr Zelensky, “não pode querer tudo”.
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“[Vladimir] Putin não pode ficar com o território da Ucrânia. A Crimeia pode ser discutida. Mas o que ele invadiu de novo, ele tem que repensar”, disse Lula durante um encontro com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.
A sugestões de Lula acontecem em meio à tentativa de mediação do conflito pelo governo brasileiro. Na próxima semana, o petista deve apresentar um projeto ao presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim.
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