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RIO BRANCO
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POLÍTICA

Vereador que mais criticou repasse milionário às empresas de ônibus falta votação para jogar bola

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A Câmara de Rio Branco aprovou nesta quinta-feira (7), por 12 votos a 1, o aporte financeiro de R$ 2,4 milhões às empresas de ônibus.

Dos 17 vereadores da capital, apenas Michelle Melo (PDT) votou contra o Projeto de Lei (PL). O presidente da Casa,  N. Lima (Progressistas) não votou, pois em regra, só o faz em caso de empate.

Outro vereador que não votou foi justamente o maior crítico do repasse, Emerson Jarude (MDB), que está no Paraná, participando do Campeonato de Futebol da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), como o próprio parlamentar publicou nas suas redes sociais.

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Embora seu voto, declaradamente contrário antecipado em discursos anteriores, não tivesse o poder de mudar o resultado da votação, o vereador constou como ausente no momento mais importante da tramitação, a votação no plenário, de uma ementa arduamente combatida por ele, desde a gestão da ex-prefeita Socorro Neri.

Câmara aprova PL que prevê aporte de R$ 2,4 milhões a empresas de ônibus; veja como votou cada vereador
“A máfia do transporte coletivo mais uma vez dá o calote em suas contas e prejudica a população com essa greve. Os donos das empresas deveriam arcar com suas despesas, e não a população. Prefeita Socorro Neri, vamos abrir a caixa preta do transporte coletivo de Rio Branco? Ou vai continuar não se manifestando sobre o assunto?”, disse na época.

Com a forte oposição, o problema acabou sendo “herdado” por Tião Bocalom (Progressistas) que chegou a dizer em campanha que não “daria nenhum aporte às empresas e que elas deviam arcar com seus prejuízos”, mas acabou voltando atrás e enviando um novo PL à Câmara, que previa o repasse com o mesmo valor proposto pela gestão de Neri, mas com um “pedaço do bolo” destinado ao Sindicato do Transporte Coletivo (Sindcol).

Jarude chegou a dizer que o PL de Bocalom era uma “nova roupagem” e que essa não seria a solução para melhorar o serviço. O endividamento das empresas com os colaboradores é, inclusive, um dos pontos investigados em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela Câmara após requerimento apresentado por Michelle Melo.

A votação do PL, no entanto, aconteceu nesta quinta-feira (7), uma semana após chegar à Câmara, no dia 1º de outubro. Desde então, passou pelas comissões até chegar no pleno. Havia uma expectativa de que a matéria fosse votada somente após o feriado de Nossa Senhora de Aparecida, mas a maioria dos vereadores decidiram não esperar.

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Em que pese a previsão de votação, todos os vereadores, inclusive Emerson Jarude, no exercício do mandato, devem estar prontos para debater e votar as matérias de interesse público. Neste caso, após consenso dos parlamentares, a votação foi antecipada e Jarude deveria, portanto, estar presente em detrimento de qualquer compromisso pessoal adiável, como é o caso de um campeonato de futebol.

Este é o ofício do vereador, devendo portando, exercer com compromisso e seriedade, assim como todo cidadão trabalhador brasileiro. O discurso deve e precisa que andar lado a lado com as práticas, sob pena de se tornar apenas mais uma retórica da abatida e persistente velha política.

No campeonato, a equipe de Jarude representa o Acre e a primeira partida ocorreu na quarta-feira (6), segundo tabela divulgada pela organização. Mas o time acreano acabou sendo derrotado pela equipe anfitriã, a OAB/PR, por 2 a 0. Na quinta-feira (7), ocorreu a segunda rodada com nova derrota por 2 a 0, dessa vez para o time do Amapá. O campeonato acontece entre os dias 6 e 12 de outubro.

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