Vereadores da base do governo em Rio Branco denunciam falta de diálogo e abandono por parte da prefeitura

Vereadores da base aliada ao prefeito Tião Bocalom em Rio Branco expressaram forte insatisfação e indignação nesta terça-feira (29), durante sessão na Câmara Municipal, devido à falta de resposta e atenção por parte da prefeitura a requerimentos protocolados. Os parlamentares Antônio Morais (PP), Lucilene Vale (PP), João Paulo (PODEMOS) e Matheus Paiva (PP) denunciaram o que consideram descaso com demandas da população e falta de respeito à Câmara Municipal.

O vereador Antônio Morais usou como exemplo a situação crítica da rua Beija Flor, no bairro Calafate, onde a falta de roçagem transforma a via em um obstáculo para pedestres e motoristas, potencializando riscos de acidentes. A reclamação se estende à demora e à falta de agilidade na resolução de problemas simples que poderiam ser solucionados com ações imediatas.

Lucilene Vale reforçou a crítica, relatando que diversos pedidos de limpeza e roçagem foram ignorados pela prefeitura. Ela apontou a incoerência entre a realização de obras de infraestrutura em período eleitoral e a posterior negligência com a manutenção da limpeza e conservação das vias públicas. A vereadora expressou o sentimento de desrespeito e frustração em ser constantemente passada de um secretário para outro, comparando a situação a um jogo de “bola”, sem solução para os problemas apresentados.

O vereador João Paulo foi ainda mais contundente, declarando sua insatisfação com a falta de respostas e o que considera falta de respeito à Câmara Municipal. Ele apelou aos articuladores políticos do prefeito, reivindicando uma reunião entre o secretariado para discutir as demandas em aberto. A mensagem é de alerta: o parlamentar não se silenciará se a situação persistir.

Matheus Paiva, acompanhado por Bruno Moraes, relatou a experiência de ter aguardado mais de uma hora para conseguir falar com um secretário, expondo a dificuldade de acesso e a falta de diálogo entre o Poder Legislativo e o Executivo. A burocracia e a falta de comunicação entre as secretarias criam empecilhos para atender aos pedidos da população, colocando a responsabilidade nos ombros dos vereadores sem a devida assistência da prefeitura. O apelo final é pela busca do diálogo para resolver os problemas. A situação revela uma crise de diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo em Rio Branco.