Afirmou que receberá o ex-presidente “de braços abertos” quando ele vier a São Paulo. Disse que Bolsonaro é seu “amigo” e que fala com ele “com frequência”. Tarcísio também contou que já o convidou para visitar o Palácio dos Bandeirantes. “Ele vem”, garantiu o governador.
Tarcísio negou haver qualquer aresta a ser aparada entre os dois, mesmo considerando posturas que o governador paulista adotou nos três primeiros meses de mandato, quando o ex-presidente, que ajudou a elegê-lo, estava fora do país.
Antes mesmo de tomar posse, Tarcísio disse que não era um “bolsonarista raiz” e manteve interlocução com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com desafetos dos bolsonaristas, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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“Se vier aqui (ao estado), será muito bem recebido. Vou recebê-lo aqui de braços abertos”, disse Tarcísio. “(A volta dele) não muda nada. Tenho amizade com ele, falo com ele com alguma frequência, já fiz o convite para ele vir aqui no palácio. Ele vem”, afirmou.
“(Bolsonaro) é um amigo que eu tenho, foi uma pessoa importante para mim, me abriu portas que ninguém abriria”, continuou o governador.
“Me tornou ministro e sempre me incentivou muito. Sempre divulgou muito o que a gente fazia. Ele dava o crédito para os outros e me deu muito crédito. Sempre foi muito bacana comigo neste sentido e eu tenho muita gratidão”, frisou.
Segundo Tarcísio, “as arestas (entre os dois) são criadas por pessoas que estão por fora do assunto”.
Bolsonaro só esteve no Palácio dos Bandeirantes uma vez. Foi após o primeiro turno das eleições passadas, quando o então governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato derrotado ao governo, declarou apoio “incondicional” ao então presidente. Na ocasião, Garcia estendeu tapete vermelho para recebê-lo.
O gesto chamou a atenção porque Garcia era vice de João Doria, que havia renunciado para tentar disputar a presidência da República. Enquanto foi governador, Doria se posicionou como antagonista de Bolsonaro.