RIO BRANCO
Acre cai três posições em ranking de solidez fiscal, mostrando fragilidade nas contas públicas

O Acre enfrenta um cenário preocupante em relação à sua solidez fiscal. De acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados de 2024, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o estado caiu três posições, ocupando o 24º lugar. Essa queda representa uma deterioração significativa em sua capacidade de gerir as finanças públicas, impactando diretamente a capacidade de investimento em serviços essenciais para a população.
A trajetória do Acre no ranking demonstra uma tendência negativa. Após alcançar a 14ª posição em 2020, o estado apresentou uma queda gradual, atingindo a 21ª posição em 2022 e 2023, para finalmente chegar à 24ª posição em 2024. Esse declínio contínuo sinaliza a necessidade urgente de ações corretivas na gestão financeira do estado.
Os indicadores utilizados pelo CLP para avaliar a solidez fiscal revelam a gravidade da situação. Houve quedas significativas em indicadores cruciais: a poupança corrente diminuiu 5%, a taxa de investimentos caiu 9%, e os índices de liquidez registraram uma redução de 6%. Esses números demonstram uma clara fragilidade nas contas públicas acreanas.
A falta de equilíbrio entre receitas e despesas, resultando em déficits fiscais, é apontada pelo CLP como um fator determinante para a queda no ranking. Essa situação compromete a capacidade de investimento do estado, afetando a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Além disso, a instabilidade financeira também afeta a confiança dos investidores e contribuintes, dificultando o desenvolvimento econômico da região.
Os dados de 2023, que embasam o ranking de 2024, revelam a necessidade de uma profunda reformulação na gestão financeira do Acre. O governo precisa implementar medidas eficazes para reverter essa tendência negativa, buscando o equilíbrio fiscal e garantindo a sustentabilidade financeira do estado a longo prazo. A recuperação da solidez fiscal é fundamental para assegurar a oferta de serviços públicos de qualidade e impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Acre. A ausência de ações efetivas poderá agravar ainda mais a situação, comprometendo o futuro do estado.
