Acre em Crise: Desemprego de longo prazo aflige 30,6% da população

O Acre enfrenta uma grave situação de desemprego de longo prazo, ocupando a 23ª posição entre os estados brasileiros, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2023 do Centro de Liderança Pública (CLP). O estudo, baseado em dados do IBGE, revela que 30,6% da população desocupada acreana permanece fora do mercado de trabalho há dois anos ou mais.

Este índice, que compara o percentual de pessoas desempregadas há pelo menos dois anos com o total de desocupados, varia entre 7% e 39% no Brasil. Quanto menor a taxa, melhor o desempenho. No Acre, a alta porcentagem demonstra uma preocupante dificuldade de inserção no mercado de trabalho, impactando diretamente o desenvolvimento econômico do estado.

A permanência prolongada no desemprego representa a perda de habilidades e experiências profissionais, agravando a situação socioeconômica dos indivíduos e da população como um todo. O indicador “desocupação de longo prazo” integra o pilar “Capital Humano” do ranking, que considera a educação, qualificação e inserção profissional como fatores cruciais para o desenvolvimento sustentável.

Em contraste com o Acre, estados como Goiás (5,6%), Piauí (7,0%) e Pará (7,1%) apresentaram os melhores desempenhos, indicando maior rotatividade e inclusão no mercado de trabalho. Por outro lado, Rondônia (39,3%) e Rio de Janeiro (42,3%) registraram os piores índices, refletindo uma situação crítica de exclusão prolongada.

A alta taxa de desemprego de longo prazo no Acre exige ações urgentes por parte do governo e de entidades privadas para promover a geração de empregos, qualificação profissional e políticas de inclusão social que garantam melhores oportunidades para a população acreana.