RIO BRANCO
Acre enfrenta desafios com a dengue enquanto vacinas vencem

O estado do Acre, de janeiro até a primeira quinzena de abril, registrou o maior número de casos de dengue por grupo de 100 mil habitantes entre os estados da Região Norte. Com uma média de 751 casos, o Acre ocupa o décimo lugar no cenário nacional em relação à incidência da doença. Essa situação preocupante ocorre em um momento em que o estado se encontra entre os 11 do país que possuem vacinas contra a dengue com validade prestes a expirar no final de abril.
Na quinta-feira, 18, o Governo Federal anunciou a autorização para a ampliação da faixa etária de vacinação, permitindo que pessoas de até 59 anos possam receber a imunização. Essa decisão foi tomada devido à necessidade de utilizar as vacinas antes de sua expiração. A administração das doses ficará a critério dos gestores municipais, que poderão estendê-la para pessoas de 4 a 59 anos, conforme especificado na bula da vacina Qdenga, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os municípios que possuem um grande número de vacinas contra a dengue com validade até 30 de abril e correm o risco de perdê-las fisicamente poderão aplicá-las em uma faixa etária ampliada, de 6 a 16 anos. Em caso de necessidade, os municípios poderão estender a estratégia para a faixa etária de 4 a 59 anos, obedecendo à disponibilidade de doses que vencerão até o final de abril de 2024, de acordo com a orientação da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
Até o momento, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) não anunciou se seguirá a orientação do Ministério da Saúde em relação à ampliação da vacinação contra a dengue.
A situação complexa da dengue aliada à necessidade de utilizar as vacinas antes de sua validade expirar apresenta um desafio para as autoridades de saúde do Acre. A implementação de estratégias eficazes de combate à doença, juntamente com uma gestão adequada das vacinas disponíveis, são medidas cruciais para lidar com essa situação delicada.

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