Acre entre os estados com maiores índices de roubo e furto de celulares no Brasil

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 revelou dados preocupantes sobre a criminalidade no Acre. O estado se destaca negativamente com uma das maiores taxas de roubo e furto de celulares do país, registrando 3.286 ocorrências e uma taxa de 373,1 casos para cada 100 mil habitantes. Este número posiciona o Acre entre os dez estados com maior incidência desse tipo de crime.

Embora o Brasil tenha apresentado uma redução geral nos casos de roubo e furto de celulares em 2024 (374.700 roubos e 476.100 furtos, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública), os números do Acre demonstram uma realidade distinta e preocupante. A alta taxa de ocorrências reforça a vulnerabilidade da população acreana a crimes patrimoniais, especialmente aqueles envolvendo celulares.

Comparação com Outros Estados: O Amazonas lidera o ranking nacional com uma taxa alarmante de 831,7 casos por 100 mil habitantes, seguido pelo Distrito Federal (751,0) e Amapá (709,4). Outros estados com taxas significativas incluem São Paulo (588,4), Pará (578,9), e Pernambuco (472,1). Apesar da redução nacional, a taxa do Acre permanece alta em comparação com a média brasileira e com outros estados da região Norte.

Perfil dos Crimes: A análise dos dados nacionais revela padrões: roubos concentram-se em dias úteis, entre 18h e 23h, principalmente em vias públicas. Furtos, por sua vez, ocorrem com maior frequência nos fins de semana e também predominantemente em locais públicos. A discrepância entre roubos e furtos pode estar relacionada a mudanças na classificação dos crimes pelas polícias, com casos envolvendo veículos sendo registrados como furto em vez de roubo.

Os dados apontam para a necessidade de ações mais eficazes para combater o roubo e furto de celulares no Acre. Estratégias de segurança pública, campanhas de conscientização da população e investimentos em tecnologia para auxiliar na prevenção e investigação desses crimes são medidas cruciais para reduzir a vulnerabilidade da população acreana e melhorar as estatísticas de segurança pública no estado.