Acre lidera preocupante índice nacional de jovens “nem-nem”

Dados da Pnad Contínua do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (13), revelam uma situação alarmante: o Acre apresenta o maior percentual do Brasil de jovens entre 15 e 29 anos que não trabalham nem estudam – o grupo conhecido como “nem-nem”. Com 30% dos jovens acreanos nessa condição, o estado supera significativamente a média nacional, que, embora em queda (de 19,8% em 2023 para 18,5% em 2024), ainda representa 8,9 milhões de jovens no país.

A pesquisa destaca a gravidade da situação no Acre, contrastando com a tendência nacional de redução. A disparidade regional também chama atenção: enquanto o Norte apresenta 21,8% de jovens “nem-nem”, o Sudeste registra apenas 15,4%. Essa diferença acende um alerta sobre as desigualdades socioeconômicas e a necessidade de políticas públicas específicas para o Acre.

O estudo do IBGE também aponta para outras desigualdades, com as mulheres (24,7%) e os jovens pretos ou pardos (21,1%) mais afetados que os homens (12,5%) e os jovens brancos (14,4%). A situação exige uma análise profunda das causas desse cenário no Acre, incluindo fatores como acesso à educação, oportunidades de emprego e políticas de inclusão social, para que medidas efetivas possam ser implementadas e reverter esse preocupante quadro. A liderança do Acre nesse índice negativo demanda atenção imediata das autoridades e da sociedade para garantir o futuro dos jovens acreanos.