RIO BRANCO
Acre realiza mutirão e atende parte da demanda reprimida em saúde mental

A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) realizou neste sábado (15) um mutirão de saúde mental, atendendo 700 pacientes da demanda reprimida no estado. A ação, que visa diminuir a espera por atendimento, é um passo crucial para enfrentar a crise na área da saúde mental no Acre.
O secretário de saúde do Acre, Pedro Pascoal, reconhece a importância do mutirão, mas destaca a necessidade de fortalecer os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nos municípios. “A integração da rede estadual com a ampliação dos CAPS nos municípios é essencial para garantir o acesso à saúde mental para todos”, afirma.
A ação de saúde, realizada pela Fundhacre, ofereceu consultas que resultaram em alta, encaminhamento para o Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) ou CAPS, ou retorno em 30 dias. O objetivo é dar início ao tratamento do paciente, incluindo acompanhamento psicológico e multidisciplinar.
A presidente da Fundhacre, Soron Angélica Steiner, ressalta a necessidade de ampliar a equipe de psiquiatras para atender a demanda do estado. “A equipe atual é insuficiente para atender a todos, e o mutirão é uma medida emergencial para reduzir a espera”, explica.
Rita Mota, professora do ensino público, comemora a iniciativa e relata sua experiência com a síndrome de Burnout, uma doença ocupacional comum em profissionais da educação. “A sobrecarga de trabalho e a falta de cuidado com a saúde mental são realidades para muitos profissionais da educação, e a rede de saúde mental precisa ser fortalecida para atender essa demanda”, afirma.
O mutirão é um sinal de esperança para os pacientes que aguardavam por atendimento, mas é fundamental que o governo continue investindo em políticas públicas de saúde mental para garantir o acesso a um atendimento de qualidade e o cuidado integral à saúde mental da população acreana.
