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Acre reforça vigilância epidemiológica em fronteira com a Bolívia devido a surto de sarampo

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Com um surto de sarampo na Bolívia, incluindo casos em cidades fronteiriças com o Acre, as autoridades estaduais de saúde intensificaram a vigilância epidemiológica para prevenir a reintrodução da doença no estado. Apesar de o Acre não registrar casos de sarampo desde 2000, a proximidade com áreas afetadas e a baixa cobertura vacinal em algumas faixas etárias acendem um alerta.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) está trabalhando em conjunto com o Ministério da Saúde e autoridades bolivianas para fortalecer a vigilância, especialmente nas regiões de fronteira com Brasileia e Epitaciolândia. A rede assistencial está preparada para atender casos suspeitos, com diagnósticos laboratoriais garantidos em até 72 horas. Oficinas de capacitação para profissionais de saúde em Brasileia e Epitaciolândia estão programadas para o dia 15 de julho, reforçando as ações de controle na linha de fronteira.

Embora não haja barreiras sanitárias físicas, o estado atua em conjunto com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), intensificando a vacinação, ações educativas e o diálogo com autoridades de saúde bolivianas.

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A coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunizações (PNI) destaca a alta transmissibilidade do sarampo, superior à da Covid-19, e alerta para a vulnerabilidade interna devido à cobertura vacinal ainda insatisfatória para a segunda dose da vacina tríplice viral (70,32%). A cobertura da primeira dose em crianças menores de dois anos está em 96,67%, acima da meta.

A vacinação é a única forma segura de prevenção. A vacina tríplice viral (TV, DV, tríplice viral ou SRC) está disponível em todas as unidades de saúde do Acre para todas as faixas etárias, de acordo com o histórico vacinal. Indivíduos com dúvidas sobre sua imunização devem procurar uma unidade básica de saúde para atualização do esquema vacinal.

A médica infectologista Cirley Lobato destaca que os sintomas iniciais (febre, dor de cabeça, manchas no corpo, conjuntivite e dor muscular) podem ser confundidos com outras viroses, mas o agravamento pode levar a complicações graves, como pneumonia e meningite. Em caso de suspeita, é importante evitar aglomerações e procurar atendimento médico imediatamente.

A Sesacre reforça que o surto na Bolívia está associado a eventos de massa e a proximidade geográfica com Cobija aumenta o risco de disseminação. O momento exige atenção redobrada e medidas preventivas para conter o avanço do vírus.

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