Acre: Refúgio e Desafios – Estado acolhe milhares de migrantes, mas enfrenta dificuldades na integração ao mercado de trabalho

O Acre se destaca como um dos principais estados brasileiros de acolhida a migrantes, recebendo milhares de pessoas em busca de refúgio e uma vida melhor. Entre 2010 e 2024, 12.774 pessoas solicitaram reconhecimento como refugiadas no estado, colocando-o entre os seis que mais receberam migrantes no país. Destas, 4.372 já foram reconhecidas como refugiadas pelo Departamento de Migração do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A localização do Acre na fronteira com países como Peru, Colômbia e Equador o torna um ponto estratégico para a entrada de migrantes no Brasil. A maioria dos refugiados (55%) são homens, com a faixa etária entre 25 e 40 anos sendo a que mais busca refúgio no país.

Apesar do acolhimento e do apoio humanitário, a integração ao mercado de trabalho formal ainda é um grande desafio para os migrantes no Acre. Até novembro de 2024, apenas 44 vagas foram abertas para essa população, e em dezembro, 8 trabalhadores foram demitidos.

A Venezuela, país vizinho ao estado de Roraima, é o principal país de origem dos migrantes, seguido pelo Amazonas. O Acre também é porta de entrada para aqueles que chegam pela rota que passa pela Colômbia, Equador e Peru.

A situação exige ações coordenadas do governo e da sociedade para garantir a inclusão social e profissional dos migrantes, com foco na geração de oportunidades de trabalho e na promoção da integração cultural.