RIO BRANCO
Acre registra mais de 600 crianças sem o nome do pai em 2025, apesar de queda significativa

Um levantamento recente do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) revela que, entre 1º de janeiro e 7 de agosto de 2025, 634 crianças nascidas no Acre foram registradas sem o nome do pai. Este número alarmante emerge de um total de 9.098 nascimentos no estado durante o período.
Rio Branco lidera o ranking de “pais ausentes” no Acre, com 221 registros de crianças contendo apenas o nome da mãe. Cruzeiro do Sul e Tarauacá seguem com 190 e 48 registros, respectivamente, evidenciando a concentração do problema nas maiores cidades do estado.
Apesar dos números expressivos, o estudo aponta para uma redução de 34% em comparação com 2024, quando 970 crianças foram registradas sem o nome paterno no Acre. Essa tendência de queda também é observada em nível nacional, com uma diminuição de 54%, passando de 100.233 registros em 2024 para 64.776 em 2025.
Em situações de ausência ou recusa do pai em realizar o registro, a legislação brasileira garante à mãe o direito de registrar a criança sozinha, indicando o nome do suposto genitor ao cartório. Este procedimento dá início ao processo de reconhecimento judicial de paternidade, assegurando o direito da criança à identificação do pai e, consequentemente, ao amparo legal e emocional.
