O Acre está no top 3 do ranking dos estados com os piores Índices de Perda de Qualidade de Vida (IPQV). Isto quem diz é um levantamento feito pela Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na última sexta-feira (26).
A nível Brasil, o indicador ficou em 0,158. O Acre, por sua vez, ficou acima da média nacional com o valor de 0,238, o que significa que o estado tem uma maior perda de qualidade de vida do que a média nacional, ficando atrás apenas do Pará (0,244) e do Maranhão (0,260).
O IPQV, que vai de 0 a 1, indica que quanto mais próximo de 1, maiores são as perdas acumuladas para a população. Esta pesquisa, que foi realizada pela primeira vez, foi construída com base em indicadores agrupados em seis dimensões: 1) moradia; 2) saúde e alimentação; 3) serviços de utilidade pública; 4) educação; 5) acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; 6) transporte e lazer.
Na prática, é como se as famílias brasileiras tivessem dificuldades em usar seus recursos e transformá-los em qualidade de vida. Por conta disso, acesso a condições dignas de vida como alimentação e condições confortáveis de moradia, por exemplo, ficam cada vez mais inacessíveis.
DESEMPENHO SOCIOECONÔMICO
Além disto, o Acre também figura entre os cinco estados que possuem os piores desempenhos socioeconômicos do Brasil, com o indicativo de 5,318. O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico, por sua vez, é baseado na renda per capita descontada do IPQV.
Segundo o IBGE, é como se os seis fatores envolvendo qualidade de vida fossem se refletindo na renda. Ou seja, quanto menor for o poder aquisitivo, maior é a perda da qualidade de vida.