RIO BRANCO
Acre tem mais de 11 mil moradias com uma só pessoa vivendo nelas
Ainda que lentamente, a população que prefere morar sozinha cresce no Acre, algo que pode ser medido pelas pesquisas do IBGE. O mais recente estudo, a PNAD divulgada na 3ª semana de julho, informa que cresceu em 1,8% o número de moradias chamadas unipessoais, ou seja, que abriga um único residente.
“No Estado, em 2021, 12,2% das unidades domésticas eram unipessoais, ou seja, compostas apenas por um morador. Houve um crescimento das unidades domésticas unipessoais em relação a 2012, quando eram 10,4%”, confirma o IBGE, cujo ranking mostra que o Acre tem população morando sozinha maior que oito Estados, entre eles o Ceará e o Amazonas – levando em conta que são o Acre tinha mais de 906 mil habitantes em 2021, são ao menos 11 mil moradias com pessoas nessa condição.
Dentre as demais formas de arranjo domiciliar, a unidade estendida, constituída pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear, correspondia a 22,7% em 2021, o que representa uma redução em relação a 2012 (21,1%).
As unidades domésticas compostas, ou seja, aquelas constituídas pela pessoa responsável, com ou sem parente e com pelo menos uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado, pensionista, convivente, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico, representavam 1,0% do total de domicílios ocupados em 2021.
A análise por Grandes Regiões mostra que em todas as Regiões predominavam as unidades domésticas nucleares, com a maior proporção,
em 2021, verificada na Região Sul (71,2%). O Sudeste e o Sul apresentavam os percentuais mais elevados de domicílios com apenas um morador, respectivamente, 16,2% e 15,8%, ao passo que no Norte eram 11,5%. As Regiões Norte e Nordeste, por outro lado, apresentavam as maiores proporções de unidades domiciliares estendidas, respectivamente, 22,5% e 19,3%.
Unidade doméstica é a denominação que se dá ao conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular, cuja constituição se baseia em arranjos feitos pela pessoa, individualmente ou em grupos, para garantir para ela mesma alimentação e outros bens essenciais para sua existência. Sua formação ocorre a partir da relação de parentesco ou convivência com o responsável pela unidade doméstica, assim indicado pelos demais moradores. Portanto, de acordo com o esse conceito, todas as pessoas que vivem em um domicílio fazem parte da mesma unidade doméstica e, nesse caso, o número de domicílios ocupados é igual ao de unidades domésticas.