Agosto no Acre: calor, seca e a ameaça de temporais e friagens

O mês de agosto se aproxima do Acre com um cenário climático contrastante: dias quentes e ensolarados serão a regra, mas a possibilidade de ondas de frio e chuvas intensas exige atenção. A previsão, divulgada pelo pesquisador Davi Friale, indica um equilíbrio delicado entre períodos de tempo seco e eventos climáticos extremos.

Dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelam a imprevisibilidade do clima acreano em agosto. Apesar do calor predominante, temperaturas mínimas de até 8,0°C em Rio Branco e 9,7°C em Tarauacá já foram registradas, demonstrando o potencial das massas de ar polar em causar quedas significativas de temperatura. A combinação de calor e frio extremo exige que a população esteja preparada para rápidas mudanças climáticas.

A chuva, embora pouco frequente, pode ser intensa quando ocorre. Registros históricos apontam eventos de precipitação excepcional: 71,9 mm em 24 horas em Rio Branco (1997) e impressionantes 95,3 mm em um único dia em Cruzeiro do Sul (1972). Embora a média de dias chuvosos em Rio Branco seja apenas quatro em agosto (um a mais que em julho), a intensidade dessas chuvas representa um risco considerável.

A previsão para agosto de 2025 indica um cenário de normalidade climática, com uma tendência de chuvas acima da média histórica, variando entre 10% abaixo e 50% acima. As temperaturas mínimas devem ficar um pouco abaixo da média devido à influência de frentes frias, enquanto as máximas permanecerão dentro ou ligeiramente acima da média, impulsionadas por massas de ar seco.

Em resumo, agosto no Acre será um mês de calor e tempo seco, mas com a possibilidade real de temporais com chuvas intensas, raios e ventos fortes, além de ondas de frio. A população deve estar preparada para essa variabilidade climática, especialmente aqueles que residem em áreas vulneráveis a inundações e outros eventos climáticos extremos. Acompanhe os boletins meteorológicos para atualizações.