RIO BRANCO
Após fugas do presídio, Secretário de Justiça transfere gerente de segurança e diretor de inteligência da Polícia Penal para a Sejusp

Tarso de Souza Costa, Delmar do Nascimento Cavalcante, Frank Reinaldo Damaceno e Wagner da Silva Pinto foram lotados para atuar no Departamento de Planejamento e Operações da DIROP, na unidade do Departamento de Planejamento e Operações – DEPOP, no âmbito desta Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP/AC, sem qualquer justificativa plausível sobre as atividades que deverão ser desenvolvidas na Sejusp.
A lotação dos policiais penais foi publicada no Diário Oficial desde segunda-feira, 21, causando surpresa e indignação na categoria de Policiais Penais.
“Exatamente quando denunciamos a falta de efetivo e a deficiência na forma de administrar o nosso sistema, o secretário da Sejusp transfere o gerente de segurança, o diretor de inteligência e outros — todos que ganham gratificações e ainda recebem banco de horas fechado, sem sequer trabalhar”, diz a denúncia à redação do NHN.
O policial penal Tarso Costa é gerente de segurança, e Delmar Cavalcante é diretor de inteligência. Ambos, junto com os outros dois lotados na Sejusp, recebem gratificações de diretoria e não deveriam receber o BH (banco de horas). No entanto, continuam recebendo, mesmo havendo uma lei que proíbe quem recebe “função gratificada” de acumular o BH.
De acordo com a denúncia, trata-se de um “esquema” para receber diárias.
“Falaram que é um esquema. Que eles foram fazer um curso de dois meses fora, e, para receber, tinham que ser transferidos para a Sejusp. Aí depois voltam para o Iapen”, explica a denúncia.
A denúncia fala ainda sobre a relação do atual presidente do Iapen com a categoria: “O pessoal nem tem raiva dele, pois ele não faz nada, nem aparece lá, nem se mete. É só um bobo de corte. Quem manda mesmo é o PP Tiênio Costa, que é o diretor operacional. Ele que manda e desmanda, e tem um grupo de PPs que ele beneficia e burla as leis para poder pagar, por exemplo, o BH, quando eles nem trabalham”.
No início deste mês, uma denúncia formal a respeito de pagamentos indevidos de horas extras foi feita ao Ministério Público, mas, até o momento, não houve resposta.
