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Após Gladson nomear mais comissionados, servidores da saúde anunciam paralização a partir de sexta-feira (6)

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Enquanto os técnicos da área da saúde ainda brigam por aumento no valor de seus plantões, o governador Gladson Cameli nomeou mais 25 pessoas em cargos de comissão no Diário Oficial desta quarta-feira, 3.

Durante a “meteórica” sessão ordinária desta quarta-feira, que durou cerca de uma hora apenas, o deputado estadual Edvaldo Magalhães voltou a falar a respeito do não reajuste dos plantões dos técnicos em Saúde, que abrange técnicos de enfermagem, de radiologia, entre outros.

O parlamentar disse que o governo do Estado gasta quase R$ 20 milhões por ano com 270 cargos comissionados nomeados recentemente, mas alega não ter R$ 380 mil por mês para reajustar o valor dos plantões.

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“Eu não canso de ser surpreendido pelo falso argumento que foi utilizado na semana passada no tocante aos recursos. Quem acessou o Diário Oficial de hoje viu que mais 25 novos cargos foram nomeados. Tecnicamente, hoje, nós já estamos acima do limite prudencial, mas legalmente será feita, no dia 10, a publicação do Relatório Fiscal. Porém, o governo está aproveitando a folga e fazendo a farra”, disse o parlamentar.

Edvaldo afirmou que a reivindicação dos técnicos é mínima diante do gasto com comissionados.

“Estamos falando de R$ 20 milhões referentes a nomeações do dia 30 e de hoje, dia 3. Está comprometendo as finanças do estado com comissionados, em detrimento dos R$ 380 mil das gratificações com os técnicos que o governo negou e esta Casa apoiou. Faço questão de retomar esse tema e deixar registrado que o problema não é financeiro, não é da ausência de recursos. O problema é da opção política, da escolha que foi feita. De dizer que isso ali não tem importância, aqui tem importância”.

Em outro trecho do discurso, o líder da minúscula oposição disse que muitos profissionais destas categorias perderam a vida durante a pandemia da Covid-19. Para ele, a solidariedade da Assembleia não pode se resumir apenas em sessões solenes e homenagens, mas em atitudes concretas, que passam pela valorização do servidor.

“Enquanto fazíamos sessões remotas, eles estavam trabalhando. Parte deles morreram, perderam a vida. Sabe o que fez a Assembleia? Aprovou moções de aplausos e entregou diplomas de felicitações. ‘Olha, vocês foram extraordinários’. Na hora de mudar o plantão de R$ 78 para um pouco mais de R$ 110, não tem dinheiro, não existem mais recursos. Aquela solidariedade foi para inglês ver”, pontuou Magalhães.

Após a assembleia da categoria realizada na segunda-feira, os trabalhadores decidiram pela paralisação.

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“Foi decidido pela categoria na noite de segunda-feira e ontem à tarde que vamos parar na sexta-feira e realizar uma ação coletiva na entrega dos extras. Na sexta-feira, às 8h da manhã, estaremos em frente ao Palácio Rio Branco e em cada unidade hospitalar do interior, para mostrar ao governo do estado e aos deputados que somos necessários e precisamos ser valorizados. Não podemos mais continuar ganhando R$ 59 ou R$ 78, que se transformam em R$ 59 após o desconto de impostos, para trabalhar 12 horas como técnico em enfermagem. A categoria decidiu que iremos nos reunir em frente ao Palácio do Banco na sexta-feira, às 8 horas da manhã, e de lá tomaremos as decisões necessárias para cada município e unidade hospitalar”, afirmou a servidora Alesta Amâncio.

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