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RIO BRANCO

Após reunião com prefeito, servidores da Educação decidem manter greve por reajuste salarial em Rio Branco

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Os representantes dos sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e dos Professores da Rede Pública de Ensino do Acre (Sinproacre) se reuniram com o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, nessa quarta-feira (16), negociar um acordo e colocar fim à greve. Contudo, esse acordo ainda não foi acertado.

Após a conversa, o prefeito falou para uma equipe da Rede Amazônica Acre que tinha sido apresentada uma proposta, que seria levada para apreciação dos sindicatos nesta quinta (17).

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“A gente entrou em um acordo que, ao invés de fazer a terceira parcela de pagamento no mês de janeiro de 2023, a gente, então, recuaria para dezembro. Essa foi a proposta discutida”, disse o gestor.

No encontro, foi discutida a seguinte proposta: que a implementação do piso dos professores fosse feita em três parcelas. A primeira seria paga em maio, que corresponderia ao mês de janeiro, a segunda em setembro deste ano e a terceira em janeiro de 2023.

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Porém, a presidente Sinteac, Rosana Nascimento, e a presidente do Sinproacre, Alcilene Gurgel, falaram que souberam dessa proposta apenas pela imprensa após o encontro com a equipe da prefeitura.

Sem acordo, os sindicatos decidiram manter o movimento. “Ele não falou que iria puxar a terceira parcela do mês de janeiro para dezembro. Fez um anúncio sem ter falado isso conosco, e também não formalizou, não entregou a proposta. Na reunião falou que estava fazendo um esforço, que tinha responsabilidade porque a Lei de Responsabilidade Fiscal poderia estourar, o que não vai porque ele está muito abaixo. Concluiu a reunião e não falou que faria essa mudança, anunciou nas redes sociais e na imprensa”, destacou Rosana.

Alcilene Gurgel contou que na reunião desta quinta os servidores afirmaram que só aceitam o pagamento do retroativo em duas parcelas e não em três. E que essas duas parcelas do pagamento sejam debitadas ainda este ano.

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“A categoria disse que quer duas parcelas, e não em três. Tem município que está pagando em uma parcela. Levamos uma proposta para ele, mas a categoria não quer. Quando se reuniu com a gente disse que ia ver a possibilidade de fazer o pagamento em dezembro, mas depois já falou para a imprensa que ia fazer. Mas, não mandaram isso para os sindicatos para que a gente apresentasse a proposta hoje [quinta,17]”, lamentou.

Os trabalhadores da rede pública estadual de Educação estão em greve desde o dia 16 de fevereiro. Já os servidores municipais deflagraram greve no dia 24 do mês passado.

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Na última segunda (7), os servidores da Educação fizeram uma manifestação em frente à prefeitura de Rio Branco e também montaram uma vigília em frente ao Palácio Rio Branco, com orações, cânticos e palavras de protesto.

Já nessa quarta (16), os servidores em greve, incluindo policiais civis, militares, educação e saúde estiveram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) em mais um protesto.

Volta às aulas

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Ainda na entrevista, o prefeito falou que iria correr o risco de ficar inadimplente para que as aulas retornem no próximo dia 21. É que por conta da greve dos trabalhadores da Educação municipal, o início das aulas da rede pública de Rio Branco, que abrange creches, pré-escolas, e o ensino do 1º ao 5º, voltou a ser adiado na capital.

Segundo a prefeitura, a previsão é que o ano letivo de 2022 inicie no próximo dia 21.

“Vamos voltar novamente para a sala de aula presencial, que com certeza, precisamos recuperar muito do tempo perdido, esses dois anos perdemos muito na qualidade de ensino. Perdeu-se muito nesses dois anos, a criança em casa e a escola sem poder funcionar. Em nome disso resolvemos fazer uma pequena recuada em nome de que as aulas voltem na segunda-feira [21]”, disse.

O secretário de gestão administrativa da prefeitura, Jonathan Santiago, falou que a gestão já tinha feito algumas concessões anteriormente para tentar se chegar em um acordo. Ele disse que a categoria teria afirmado que aceitava o pagamento em três parcelas, mas que todas fossem depositadas ainda em 2022.

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“O prefeito falou que ia reunir com a equipe de contabilidade e, sendo possível, se o tesouro municipal falasse que não traria impacto na mudança do pagamento de janeiro de 2023 para dezembro de 2022, ele assumiria o risco. Atendendo o pedido, ele anunciou e contávamos que hoje teria a reunião deliberativa dos sindicatos, iriam encaminhar o expediente dizendo que encerraria a greve e retornar as aulas na segunda-feira. Para nossa surpresa isso não aconteceu”, debateu.

O secretário acrescentou que a equipe da prefeitura não enviou um ofício formalizando a proposta porque a categoria já tinha feito uma reunião no último dia 10 de março onde pediram para ampliar uma gratificação e que se esse pedido fosse acatado encerrariam a greve.

“Fizemos essa concessão, foi uma negociação, fizemos os cálculos e ampliamos o valor em R$ 50, contudo, não encerrou. Falaram que iam deliberar com a categoria, mas não fizeram. Imaginamos que se a gente concedesse por escrito a antecipação de janeiro para a dezembro iam usar o mesmo instrumento de que: ‘a categoria deliberou’. Isso é uma estratégia sindical”, criticou.

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