RIO BRANCO
Atlas da Violência revela mais de 3 mil vidas perdidas em 11 anos no Acre
De acordo com o recente relatório do Atlas da Violência, o estado do Acre foi palco de uma triste realidade nos últimos 11 anos. Entre 2011 e 2021, mais de 3.000 vidas foram brutalmente ceifadas pela violência. Apresentado em Brasília pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o documento baseia-se em dados fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Os números alarmantes ganharam ainda mais destaque entre os anos de 2016 e 2020, quando a intensificação das guerras entre facções criminosas trouxe um clima de terror ao estado. Essa triste realidade não é exclusiva do Acre, mas também afeta outros estados amazônicos, como Amapá, Rondônia e Amazonas.
Dentro desse contexto sombrio, o ano de 2017 se destaca como o mais violento dos últimos 11 anos, com um total de 516 assassinatos. Logo em seguida, veio o ano de 2018, com 409 mortes registradas. No entanto, a partir de 2019, observou-se uma queda gradual na taxa de homicídios no estado.
Em meio à pandemia de coronavírus que assolou o mundo em 2020, obrigando a população a se isolar em suas casas, diversos estados experimentaram uma redução na taxa de criminalidade. Nesse período, o Acre obteve a maior redução de homicídios do país, com uma queda significativa de 33,5%. Quando analisamos a taxa de assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, os anos mais sangrentos foram 2017, com 62,2 mortes, e 2018, com 47,1 homicídios por grupo.
Segundo a legislação penal brasileira, existem diferentes tipos de homicídios. O homicídio simples ocorre quando há a intenção deliberada de tirar a vida da vítima. Já o homicídio qualificado envolve circunstâncias que tornam o ato ainda mais grave e cruel. O homicídio privilegiado ocorre quando o autor age sob forte emoção após uma provocação injusta da vítima. O homicídio culposo acontece por negligência, imprudência ou imperícia do autor, sem a intenção de matar. Por fim, temos o homicídio suicida, em que o autor comete o assassinato intencionalmente e depois tira a própria vida.