RIO BRANCO
BATEU NAS PEDRAS: Jovem que morreu afogado no Rio Caeté apresentava ferimentos no nariz

A comunidade de Sena Madureira e a região estão de luto pela trágica morte de Raudiney Cuesta de Souza, conhecido como Rodiney (26 anos), vítima de afogamento no Rio Caeté na sexta-feira (24). O jovem, que havia ido à cidade fazer compras, perdeu a vida em um acidente durante a travessia do rio, próximo à BR-364.
Segundo relatos de Alcione Souza, primo de Rodiney, o jovem enfrentava a forte correnteza do rio ao tentar ligar o motor de sua pequena embarcação quando foi surpreendido pela força da água. Arrastado pela correnteza, Rodiney foi lançado para debaixo de uma balsa utilizada na travessia de veículos, ficando submerso por alguns minutos. Embora tenha conseguido emergir, a força da água e a falta de equipamentos de resgate imediato impediram seu salvamento. Testemunhas descrevem cenas de pânico, com Rodiney levantando as mãos em busca de ajuda antes de desaparecer nas águas. Um rapaz tentou o resgate, mas a vítima já havia sumido. Horas depois, o corpo foi encontrado no fundo do rio por um mergulhador do Corpo de Bombeiros.
O impacto da tragédia é devastador para a família. Alcione descreve o sofrimento ao encontrar o corpo de Rodiney com ferimentos, indicando que ele se chocou contra as pedras no fundo do rio, inclusive com um corte no nariz. A roupa inadequada para a situação (calça jeans e tênis) pode ter contribuído para a dificuldade de Rodiney na água. A dor é ainda maior considerando o recente falecimento da mãe de Rodiney, há menos de dois meses. Seu pai, Lê Manunga, está inconsolável. Rodiney era solteiro e não tinha filhos.
A morte de Rodiney reacende o debate sobre a segurança nas travessias fluviais da região e a urgência de melhores condições de resgate em situações de emergência. A comunidade de Santa Amélia lamenta a perda de um jovem trabalhador, honesto e querido, e clama por melhorias na infraestrutura que possam prevenir tragédias futuras. O caso destaca a vulnerabilidade das comunidades ribeirinhas, onde a vida cotidiana depende da navegação em rios muitas vezes perigosos. A falta de segurança adequada coloca em risco a vida de moradores e exige investimentos urgentes em infraestrutura e equipamentos de salvamento. O sepultamento de Rodiney ocorrerá em Santa Amélia, ao lado de sua mãe.
