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Caso do Bebê José Pedro: Polícia Civil apura falhas no necrotério da maternidade e protocolos médicos

Publicado em

Foto: Whidy Melo

Rio Branco, AC – A Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML) realizaram uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27) para detalhar as investigações sobre o caso do recém-nascido José Pedro, que foi declarado morto na Maternidade Bárbara Heliodora e voltou a apresentar sinais vitais 13 horas depois, durante o velório. O bebê faleceu na noite de domingo (26), em Rio Branco (AC).

O delegado Pedro Buzolin, coordenador da Divisão de Investigações Criminais (DEIC), revelou que o corpo do bebê permaneceu por horas em uma sala sem refrigeração no necrotério da maternidade. “Ontem, questionamos essa situação na maternidade e confirmamos que o bebê estava preparado, enrolado na roupa específica, e aguardava no necrotério para ser recolhido pelo serviço funerário. Essa sala não é climatizada, é um local onde os corpos ficam aguardando provisoriamente a remoção”, afirmou.

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O delegado Alcino Júnior, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), destacou que a equipe investiga, com base em documentos e perícias, se houve falha nos protocolos médicos e administrativos, especialmente durante o período em que o bebê ficou no necrotério da unidade. “A decisão judicial nos permitiu coletar o prontuário e identificar quem teve acesso e quem atendeu o bebê. Todas as pessoas serão ouvidas. A investigação está apenas começando”, explicou.

Questionado sobre o momento em que o bebê apresentou sinais de vida, o médico legista e diretor do IML, Ítalo Maia, respondeu com cautela. “Pelo que foi noticiado, parece que a criança foi declarada morta na unidade de saúde pela equipe médica, foi entregue aos pais e, posteriormente, durante o velório no cemitério, perceberam que a criança estava viva”, relatou.

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Maia também explicou que, por se tratar de uma morte inicialmente considerada natural, o corpo seguiu o trâmite hospitalar comum, sendo encaminhado diretamente para o necrotério da unidade antes de ser encaminhado ao serviço funerário. “Nesses casos de mortes por causas naturais, como natimortos, o corpo não passa pelo IML. Ele vai da sala onde ocorreu o óbito, após os trâmites documentais, para o necrotério da unidade de saúde e, posteriormente, para o serviço funerário e o velório”, completou.

As investigações continuam para apurar as responsabilidades e esclarecer todos os detalhes do caso, que gerou grande comoção na sociedade.

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