Caso Nayara Vilela: Ministério Público pede júri popular para o marido

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pediu nesta sexta-feira, 9, que o marido da cantora Nayara Vilela, encontrada morta em abril de 2023, seja levado a júri popular. Ao final da audiência de instrução e julgamento, o promotor de Justiça Efrain Mendoza apresentou suas alegações finais, acusando o réu de homicídio comissivo por omissão, configurando feminicídio.

Segundo o MPAC, as provas apresentadas ao longo dos dois dias de audiência demonstram a responsabilidade do marido na morte de Nayara. O promotor enfatizou o dever legal do réu de proteger a esposa, alegando omissão por negligenciar o estado de saúde mental da vítima e por permitir o acesso a uma arma de fogo, apesar do conhecimento prévio de tentativas de suicídio por parte de Nayara.

A audiência incluiu o depoimento de testemunhas e o interrogatório do acusado. No entanto, o julgamento não foi concluído, uma vez que a defesa solicitou e obteve um prazo de cinco dias úteis para apresentar suas alegações finais por escrito.

A acusação de homicídio comissivo por omissão é um ponto crucial neste caso. Ela implica que o réu, apesar de não ter diretamente causado a morte de Nayara, contribuiu para o evento fatal através de sua omissão, negligência e falta de ação para proteger a esposa de um perigo conhecido. A disponibilidade de uma arma de fogo, somada à suposta negligência em relação ao estado mental da vítima, são elementos-chave que o MPAC utilizou para sustentar essa acusação.

A decisão final dependerá da análise do juiz sobre as alegações finais apresentadas pelo Ministério Público e pela defesa. Após a avaliação da defesa, o juiz decidirá se o caso seguirá para julgamento por júri popular, conforme pedido do MPAC. A sentença final irá determinar se o réu será ou não responsabilizado pela morte de Nayara Vilela, considerando as evidências apresentadas e os argumentos de ambas as partes. O caso Nayara Vilela continua a gerar grande repercussão e a expectativa pela decisão judicial é alta.