Desde de dezembro do ano passado a Defesa Civil iniciou ações de contenção, prevendo uma elevação acima da média do Rio Acre em meados de fevereiro.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, major Cláudio Falcão, disse ao ContilNet hoje que os atuais 11, 14 metros é considerada uma cota alta para este início de ano. “De fato estamos uma eminência de uma inundação. Estamos hoje com 11 metros e 14 centímetros o que é uma cota alta para a data”, disse.
Falcão explicou que os primeiros quatro meses do ano são de alerta total. “Somados fevereiro e março, somem 73% das inundações ocorridas aqui em Rio Branco. Então temos mais risco nestes meses do que em janeiro, contudo já ocorreram transbordamentos nos meses de dezembro, janeiro, fevereiro, março e até abril”, ponderou.
Apesar dos riscos, o major garantiu que a Defesa Civil está em alerta junto aos órgãos necessários. No dia 23, a Prefeitura de Rio Branco deu início às preparações do Parque de Exposições Wildy Viana, para receber famílias que possam ser atingidas.
Cheia de 2021
No início do ano, a cheia do Rio Acre em Rio Branco chegou a atingir mais de 13 mil pessoas e deixou pelo menos 129 famílias desalojadas e outras 75 desabrigadas, totalizando 15% da população do estado.
Já nos primeiros dias de janeiro os rios acreanos estavam transbordando. Em Cruzeiro do Sul, o Rio Juruá castigou a população e tirou muitas pessoas de suas casa. Situação semelhante ocorreu em Sena Madureira, Tarauacá e Rio Branco.
O Acre vivenciou uma situação dramática, enfrentando três crises simultâneas: Covid-19, enchentes, com milhares de desabrigados, e a dengue.
Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do estado, o Rio Juruá atingiu em 2021 o maior nível histórico, impactando 33 mil pessoas.
Sena Madureira, teve 80% da cidade coberta pelas águas do Rio Iaco, cerca de 60% da população foi atingida.
O estado decretou estado de calamidade pública, após a cheia dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco e Purus.