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Comércio tem queda de 70% nas vendas após expediente do funcionalismo do AC passar a ser corrido

Publicado em

Foto: ContilNet

Comerciantes da região central da capital acreana, Rio Branco, estão enfrentando tardes desertas, sem clientes e principalmente com queda nas vendas que já ultrapassa 70%, em relação ao mês anterior. O clima de feriado é perceptível, o movimento nas lojas quase não existe no período da tarde e muitos não tem outra escolha, estão fechando as portas.

Nesta terça-feira (19), a reportagem de ContilNet visitou algumas lojas, à convite dos comerciantes. O discurso é o mesmo: com a mudança do horário das secretarias do Estado que funcionam no centro, as vendas caíram drasticamente. Outro problema recorrente apontado pelos comerciantes é a falta de segurança, principalmente no período da noite.

O gerente de uma das lojas de utilidades para o lar, Jairo Rodrigues, relatou que a empresa tinha sido arrombada nesta madrugada. “É a molecagem mesmo que rouba, usuários de drogas que arrombam e nosso medo é um problema mais grave. Nas câmeras os assaltantes passaram mais de duas horas para conseguir entrar, se tivesse pelo menos uma ronda da polícia, já inibiria”, relatou.

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Comerciante Jairo Rodrigues. Foto: ContilNet

Em relação ao baixo movimento na loja, Jairo disse que é lamentável. “Usamos de todos os artifícios, propaganda, parcelamos as compras, fazemos entrega grátis, tudo que se imagina, mas o faturamento diário não passa dos R$ 6 mil, numa loja dessas que deveria faturar no mínimo R$ 20 mil por dia”, explicou.

Outra comerciante, do ramo de moda, Cirley Mesquita Braga, disse que a diferença do movimento na loja, depois da mudança do horário do expediente do governo, está enorme. “Caiu as vendas em mais de 70%, não sabemos mais o que fazer, parece que é feriado de segunda a sábado”, lamentou.

Centro da capital em plena terça-feira, 15h30, sem feriado. Foto: ContilNet

O chaveiro Aldemar Fontenele de Araújo, que trabalha há 22 nos mesmo ponto, ao lado da Caixa Econômica, disse que todos os comerciantes estão sofrendo. “Acabou-se o comércio do centro da cidade. O governo se preocupa com os funcionários, mas nós estamos padecendo”, disse.

Chaveiro Aldemar Fontenele de Araújo. Foto: ContilNet

O gerente de vendas de umas das lojas de produtos variados, Cristian Medeiros, reforçou que as vendas caíram, mas disse que está otimista com o anúncio do pagamento antecipado e do 13º salários dos servidores do Estado. “A gente aqui tem ser otimista, dizer que está bom assim não tem como, mas com certeza só pensamos em formas de melhorar”, comentou.

Gerente de vendas, Cristian Medeiros. Foto: ContilNet

Comerciante do Shopping Aquiri, Roberley Rodrigues do Nascimento, disse que uma situação que já estava difícil, com os problemas enfrentados pelos comerciantes dentro do shopping em relação a estrutura, agora com a mudança do horário dos servidores públicos do Estado, muitas famílias estão passando realmente por necessidade. “Tem gente aqui que não vende R$ 1 real por dia. Existe isso? Nem compensa gastar para vir trabalhar”, desabafou.

Região próxima ao Shopping Aquiri com baixo movimento. Foto: ContilNet

Governo busca soluções

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O governo, por meio da Secretaria de Comunicação, informou que essa medida do horário corrido que o Estado adotou é uma forma de economizar uma série de recursos,a exemplo de água e energia.

O governo, atento a essa questão econômica, anunciou nesta terça-feira (19) que vai antecipar o pagamento dos proventos correspondentes ao mês de julho e da primeira parcela do 13º dos servidores públicos ativos e inativos do Estado. O pagamento se dará na próxima terça-feira (26) para os servidores inativos, e na quinta-feira (28), para os ativos.

Ao todo, com antecipação de 50% do pagamento do 13º, serão contemplados 50.136 servidores, que juntos receberão mais de R$ 107,2 milhões. Já o pagamento da folha de julho contempla 54.173 servidores, com valor superior a R$ 313,6 milhões. No total serão inseridos na economia acreana mais de de R$ 420,9 milhões, que deverão circular na maior feira agropecuária do estado, a Expoacre, que se inicia no fim do mês.

Sobre as questões relacionadas à falta segurança, segue posicionamento da Polícia Militar:

Acerca de pedido de informações do site Contilnetnoticias sobre informações quanto a furtos e policiamento no centro de Rio Branco, a Polícia Militar do Acre (PMAC) esclarece que o 1° Batalhão de Polícia Militar (1° BPM) atua com 3 policiamentos específicos na região central da Capital.

Entretanto, a presença mais ativa de moradores de rua em situação de drogadição aumentou consideravelmente nesta região da cidade, especialmente em decorrência da pandemia da Covid-19.

Este problema do centro da capital se arrasta há anos, tem origem no vício, uma questão de saúde, e impacta na segurança, porém, nos dias atuais, já é claro que nem todas as iniciativas para descontinuar a ação criminosa depende da polícia.

Diariamente, são realizadas prisões deste público, por cometerem delitos, principalmente furtos de pequeno valor, porém, a legislação penal favorece a reincidência.

Apesar de todo o esforço, não temos como ser presentes em todos os lugares e momentos. O policiamento ostensivo é feito de maneira planejada, por meio de rondas, pois o efetivo da corporação é finito.

Infelizmente, crimes que foram evitados em decorrência da ação policial não são medidos. Porém, alguns dos resultados ativos da corporação são vistos todos os dias por meio de prisões e apreensões.

No mais, a Polícia Militar segue desenvolvendo diariamente operações e ações focadas no combate à violência e a criminalidade.

Assessoria de Comunicação da PMAC

 

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