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Concorrência desleal e carga tributária afetam indústrias de alimentos em Rio Branco

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A indústria de alimentos de Rio Branco enfrentou diversos desafios em 2023, incluindo a concorrência desleal, a falta de matéria-prima e a alta carga tributária. Essas indústrias, que estão há cerca de 19 anos em média no mercado, tiveram um faturamento médio mensal de R$ 850 mil, com o maior valor alcançando R$ 4 milhões e o menor, R$ 5 mil.

As indústrias de alimentos de Rio Branco atuam em diferentes setores, como café, alimentação animal, poupas de frutas, cerveja, pães, frigorífico, leite e derivados, bebidas não alcoólicas, água de coco, laticínios, agroextrativismo, doces, hortaliças, hortifruti, fabricação de refrescos e alimentos naturais.

Segundo a pesquisa realizada, aproximadamente 25% das indústrias entrevistadas citaram a concorrência desleal como o maior problema enfrentado em 2023. Para 18% delas, a falta de matéria-prima foi uma preocupação, enquanto 13% apontaram a carga tributária elevada e a logística como principais desafios. Empresas informais que não pagam impostos dificultam a sobrevivência daquelas que atuam de forma legalizada.

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Em relação ao perfil das empresas, 60% são do tipo Limitada (LTDA), 30% optaram pelo regime do Simples, 5% são Microempreendedores Individuais (MEIs) e 5% são Empresas Individuais (EIs).

Quanto aos empregos com carteira assinada, a média é de 676 postos de trabalho. Vale ressaltar que algumas empresas possuem mais de 200 funcionários, enquanto outras operam com apenas um.

Os números revelam que a indústria de alimentos é o segmento mais importante dentro da indústria de transformação de Rio Branco, ficando atrás apenas da indústria da construção civil em termos de empregos e faturamento.

A pesquisa também mostrou que mais da metade das empresas contratam serviços terceirizados, como funcionários, setor jurídico, contábil, tecnologia, segurança do trabalho e mídias sociais.

Em relação aos salários pagos, a média é de cerca de R$ 2,3 mil. As empresas também exportam seus produtos, com cerca de 80% delas vendendo para além do mercado local. Entre os compradores internacionais, 28,6% estão na Bolívia e 16% no Peru.

Os empresários demonstram confiança no desempenho da economia brasileira e do Acre, assim como em relação às suas próprias empresas. Isso é evidenciado pelas intenções de investimentos futuros, sendo que 65% dos entrevistados indicaram que farão investimentos nos próximos meses.

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A pesquisa foi realizada em 20 indústrias filiadas ao Sindicato da Indústria de Produtos Alimentares (Sinpal), as quais representam mais de 70% do emprego direto gerado pelo setor industrial de alimentos do estado, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Acre (Fieac).

As informações foram coletadas por meio de questionários aplicados aos sócios proprietários e/ou gerentes das empresas entre os meses de fevereiro e março. O levantamento abrangeu aspectos qualitativos e quantitativos, fornecendo um panorama da indústria de alimentos em Rio Branco.

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