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RIO BRANCO

Contraste Preocupante: Fome extrema aumenta no Acre apesar de melhora geral, revela IBGE

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RIO BRANCO, ACRE – Enquanto o Brasil celebra uma redução na insegurança alimentar grave, o Acre caminha na contramão, registrando um aumento alarmante nos domicílios que enfrentam a fome mais severa. Dados do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pintam um cenário de contrastes para o estado.

O levantamento aponta que, de forma geral, houve uma melhora nas condições de acesso a alimentos no Acre. O número total de domicílios com algum grau de insegurança alimentar caiu de 84 mil em 2023 para 67 mil em 2024. Esse recuo é um indicativo positivo de que mais famílias estão tendo acesso a algum tipo de alimento.

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No entanto, a luz de alerta se acende ao analisar a insegurança alimentar grave. Esta categoria, que representa a privação severa de alimentos e a fome como uma realidade diária, subiu de 16 mil para 17 mil lares no mesmo período. Isso significa que, apesar da melhora geral, mais famílias acreanas estão em uma situação de vulnerabilidade extrema.

A análise detalhada dos dados mostra que a queda na insegurança alimentar total no Acre foi impulsionada pela diminuição nos níveis mais brandos. A insegurança leve, por exemplo, reduziu de 53 mil para 37 mil domicílios, e a moderada passou de 15 mil para 13 mil lares.

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Em contraste com a situação acreana na esfera da fome grave, o Brasil apresentou uma melhora significativa no cenário nacional. O número de domicílios em insegurança alimentar grave no país diminuiu em 19,9%, caindo de 3,1 milhões em 2023 para 2,5 milhões em 2024. Consequentemente, o percentual de lares em segurança alimentar no Brasil subiu de 72,4% para 75,8%.

Os números do IBGE reforçam a necessidade de políticas públicas focadas e eficientes para combater a fome extrema, especialmente em regiões como o Acre, onde o desafio persiste e se agrava para as famílias mais vulneráveis.

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