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Custo do prato feito no Acre dispara e faz sumir carnes nobres e saladas mais baratas de pensões

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Uns mais, outros menos, mas o custo médio do velho e bom prato feito subiu 13% nos restaurantes e pensões de Rio Branco nos últimos doze meses. Há locais em que pode custar R$15, R$14, R$13, R$12 ou R$10 em um restaurante próximo ao Shopping Via Verde, preços que são contidos, via de regra, para não espantar a clientela.

A pandemia reduziu a degustação presencial do PF, mas o delivery de marmitex acabou salvando os restaurantes e reafirmando a força das tradicionais pensões, que mais que as maiores empresas conseguiram, de modo geral, sobreviver à crise sanitária e à inflação.

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Os informes repassados com exclusividade ao ac24horas pela consultora Marcela Kawauti, da Prada Assesssoria, de São Paulo, confirmam que a vida para os trabalhadores de menor renda, que recorrem ao PF regularmente, está cada vez mais difícil. “Dentro dos parâmetros: alimentação crescendo acima do avanço dos preços médios da economia”, disse Marcela sobre o custo do PF no Acre. “Mas a boa notícia para Rio Branco é que a notícia ruim é compensada pelo fato de que é a capital com menor avanço em PF dentre as capitais estudadas”, completou a especialista.

A especialista compartilhou a metodologia da pesquisa: “a partir do detalhamento da série histórica do IPCA calculamos a inflação de um prato típico brasileiro (arroz + feijão + bife + batata frita + salada de alface e tomate). Foram incluídos no cálculo também os temperos (cebola, alho, sal, óleo de cozinha e azeite) e o uso do gás de cozinha. Os dados representam a inflação acumulada em 12 meses até março de 2022 (último dado disponível)”.

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A inflação acumulada em 12 meses no IPCA é de 11,30%. Este número representa o quanto a cesta média de consumo do brasileiro cresceu de mar/21 até hoje. Mas quando se olha apenas o crescimento da refeição típica do brasileiro, o crescimento foi de 23%.
Segundo o estudo de Marcela, as implicações econômicas são que os preços dos bens essenciais ao brasileiro, como a comida, por exemplo, têm crescido bem acima da inflação. No caso da refeição típica avançou o dobro do IPCA. A isso se soma o fato que o brasileiro não tem conseguido aumento do seu salário por conta da economia fraca que dificulta reajustes da renda.

Para outro consultor, doutor em Economia e docente da Universidade Federal do Acre, professor Rubicleis, o custo alto dos alimentos fez desaparecer determinadas proteínas nos restaurantes. “Você não encontra mais picanha nem filé. Não há mais filé com alho, mas alcatra com alho, por exemplo”, disse o analista, que presta consultoria gratuita para pequenas pizzarias, restaurantes e pensões.

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A crise provocou alguns fenômenos na gastronomia da classe trabalhadora do Acre, como o surgimento do marmitex econômico na faixa de R$10 ou 12 reais com menos comida e proteínas. O tradicional está em R$16.

Conforme observou o professor Rubicleis, até as saladas estão se modificando por causa do preço do tomate. As saladas agora são de almeirão e verduras mais baratas.

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