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Defesa Civil alerta que fenômeno de seca pode ser ainda pior em 2024

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Seca deve ser ainda mais severa em 2024. Foto: Juan Diaz/ContilNet

O Rio Acre amanheceu, neste dia 2 de novembro, na marca de 1,45 metros, diferente do ano passado (2022) que, nessa mesma data, ele media 3,12 metros, ou seja, mais de 100% menos quantidade de água que no ano anterior.

Os dados passados pela Defesa Civil de Rio Branco (AC), por meio do coordenador do órgão, o tenente-coronel Cláudio Falcão, servem de alerta para toda a sociedade. Em 2022, novembro iniciou com 3,02 metros e no seu segundo dia estava com 3,12 metros, um aumento de 10 centímetros em 24 horas. Já os primeiros dois dias do 11⁰ mês do ano são assustadores. No dia 1⁰, o manancial estava na marca de 1,42 metros e no dia 2, com 1,45 metros, ou seja, subiu apenas 3 centímetros.

O baixo nível, de acordo com o coordenador, é a falta de chuvas provocada pelo fenômeno El Niño.

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“Realmente, nós tivemos outras épocas em que gente tinha crescimento muito mais rápido do nível do rio nessa época do ano. Porque tínhamos chuvas. Então qual é a razão, porque nós não temos esse crescimento agora? Falta de chuvas. Esse é um dos motivos. Mas qual é a razão de não ter chuvas? Isso é fruto de um fenômeno chamado El Niño, que é o aquecimento das águas do oceano, enfim, tudo isso, faz com que nós tenhamos essas mudanças climáticas, que eu prefiro chamar de emergências climáticas”, explica.

Falcão ressalta ainda que esse fenômeno de secas mais prolongadas, de níveis mais baixo do rio, não se apresenta apenas agora em 2023.

“Ele já se apresentou em 2020, 2021, 2022 e ninguém ouve os avisos da natureza. Eu fico tentando, aqui, informar todo mundo, mobilizar todo mundo, só que as pessoas não percebem, eu falo de autoridades e de pessoas do público comum mesmo. Não é uma surpresa, isso já vem dando sinais, não de agora, mas de antes, só que agora, em 2023, se agravou ainda mais”, diz.

Na conversa com a equipe do Na Hora da Notícia, o coordenador alerta que a tendência é que, em 2024, vai agravar ainda mais.

“Essa ausência de chuva, essas mudanças climáticas, geram tudo isso, essa situação que nós estamos passando agora, com o nível do rio muito baixo. Nessa época do ano nunca aconteceu isso, que nós estejamos, por exemplo, com menos de 50% do volume de água que era esperado para essa época agora. Nós estamos em novembro, quando normalmente era o inverno já, até bastante rigoroso, muita chuva e todo dia, inclusive, no dia de finados chovia, nós não temos previsão para hoje, que pode acontecer, mas não tem previsão. Isso mostra claramente a mudança que nós estamos. Tudo isso faz com que a gente ascenda a luz amarela, a luz vermelha e tudo mais, e façamos com que todos nós compreendemos essa situação e também a situação de estarmos planejando o futuro, de buscar soluções para mitigar diminuir os impactos das futuras mudanças climáticas, tanto na época de cheia, aqui no caso do Acre, quanto na época de seca, já que nós só temos essas duas estações, cheia e seca”, finaliza

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