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Desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek: Negligência e Falhas na Manutenção

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O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, entre Tocantins e Maranhão, em 22 de dezembro de 2023, resultou em 14 mortes e três desaparecidos. Um laudo da Polícia Federal (PF), divulgado pelo programa Fantástico, atribui o desastre à negligência do poder público, falta de manutenção adequada e reformas mal executadas.

O laudo pericial detalha que a estrutura de 533 metros, inaugurada em 1961, cedeu em 15 a 30 segundos, com o vão central desabando em menos de um segundo. A investigação concluiu que a ponte não foi adaptada para o aumento do tráfego e da carga de veículos pesados ao longo das décadas. A última grande reforma (1998-2000), que incluiu reforço lateral e substituição do concreto por asfalto, é apontada como problemática. Um perito descreveu o reforço como tendo sido “arrancado do concreto como fita crepe”. A utilização de asfalto também é questionada, por potencialmente ter comprometido a estrutura.

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Um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de 2020 já classificava a estrutura como “sofrível e precária”, recomendando intervenções urgentes. Apesar disso, uma licitação aberta em 2024 para reparos não obteve vencedores, e a ponte desabou antes do início de qualquer obra. O delegado da PF, Allan Reis de Almeida, afirmou que o desastre era previsível, resultante de omissão dos agentes públicos na manutenção da estrutura.

O DNIT informou que uma comissão técnica concluiu sua apuração interna e encaminhou o relatório à corregedoria. O Ministério dos Transportes exonerou o superintendente regional do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira, em abril, embora Pereira negue qualquer responsabilidade.

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Um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo revelou que o Congresso Nacional destinou R$ 35,6 milhões em emendas parlamentares para os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). No entanto, esses recursos foram usados em projetos como festas, iluminação pública e outros, sem qualquer investimento na manutenção da ponte. Essa alocação de recursos demonstra uma grave falha na priorização de investimentos em infraestrutura crítica.

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