Do luto à renda: jovem empreendedora transforma Dia de Finados em oportunidade de negócio e consolo em Rio Branco

Em meio às comoventes homenagens do Dia de Finados, em Rio Branco, Tamara de Souza, de 34 anos, encontrou uma forma singular de unir trabalho e solidariedade. Morando ao lado do cemitério municipal, ela transformou a proximidade com o local em uma fonte de renda e conforto para as famílias que visitam seus entes queridos.

Seu negócio, que começou de forma improvisada há quase duas décadas, já se tornou uma tradição. A jovem, que desde os 14 anos ajuda na limpeza do cemitério, passou a criar letreiros personalizados para as lápides, um serviço que se tornou bastante requisitado. No ano passado, Tamara chegou a faturar cerca de R$ 300 em um único dia, vendendo letreiros com mensagens personalizadas por preços que variam entre R$ 15 e R$ 25, dependendo da complexidade e do tempo de produção.

Mas o trabalho de Tamara vai além da simples confecção de letreiros. Ela se coloca como uma presença acolhedora, oferecendo orações, palavras de consolo e até mesmo compartilhando lágrimas com aqueles que estão em luto. “Eu olho o letreiro, rezamos, choramos, abençoamos. Se a pessoa for católica, rezamos a Ave Maria; se for evangélica, o Pai Nosso”, explica.

Com quatro letreiros vendidos apenas na manhã do Dia de Finados, Tamara se mostra confiante em relação ao faturamento do dia e demonstra uma fé inabalável: “Acho que Deus vai me prosperar muito hoje”, afirma. Sua história demonstra a capacidade de transformar adversidade em oportunidade, unindo empreendedorismo e compaixão em um ato de fé e solidariedade.