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Emissão de gases poluentes aumentou em 20% no Acre, dizem cientistas

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Embora o Acre esteja entre os estados brasileiros e amazônicos com boa qualidade no ar, segundo o site da PurpleAir, que divulga informações sobre o assunto através de mapa de sensores espalhados pelo mundo, o crescente desmatamento nas florestas brasileiras preocupa os cientistas que estudam o assunto na região, segundo a Revista Piauí. Os gases poluentes emitidos no Acre aumentaram em média 20% nos últimos anos, destaca a revista de circulação nacional.

De acordo com a publicação, a partir de 2020, houve na região amazônica um aumento de 24% na emissão de CO²e por mudanças de uso da terra na comparação com o ano anterior. O CO²e, dióxido de carbono equivalente, é usado para medir o conjunto de gases do efeito estufa. Em um ano, as emissões da Amazônia Legal aumentaram em 187 milhões de toneladas. O desmatamento foi responsável por três quartos do CO² e liberado nos nove estados em 2020. Altamira (PA), líder no ranking por municípios, emitiu 35,2 milhões de toneladas de gases do efeito estufa em 2019. O =igualdades desta semana faz um raio X nas emissões de CO²e no Brasil.

Em todo o país, 998 milhões de toneladas de gases de efeito estufa foram emitidas em razão de mudanças no uso da terra, contra 807 milhões em 2019. O desmatamento é o setor com a maior fatia das emissões de CO²e no Brasil, sendo responsável por cerca da metade (46%) delas.

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De acordo com cientistas citados pela Revista Piauí, diariamente, as pessoas emitem gases de efeito estufa devido às atividades praticadas, como andar de ônibus e ligar o ar-condicionado. Em 2020, a média de emissão de CO²e para cada brasileiro foi de 10,2 toneladas brutas. A média mundial está bem abaixo com 6,7 toneladas. Por ano, é como se um brasileiro produzisse, em gases do efeito estufa, o mesmo que 30 carros rodando 10 km por dia, durante um ano.

Entre 2019 e 2020, as emissões de gases de efeito estufa aumentaram 20% nos estados da Amazônia Legal. Juntos, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão registraram um crescimento de 187 milhões de toneladas de CO²e – e isso equivale às emissões observadas em todo ano de 2019 no Peru.

As mudanças de uso da terra, causadas basicamente pelo desmatamento, foram responsáveis por 75% das emissões de CO²e nos nove estados da Amazônia Legal em 2020. A agropecuária representou 19% das emissões, energia, 5%, e resíduos, 1%.
Em 2019, os 50 municípios brasileiros que mais emitiram gases de efeito estufa foram responsáveis por um quarto de toda emissão do país. Altamira (PA) (35,2 milhões de toneladas de CO²e), São Félix do Xingu (PA) (28,8) e Porto Velho (RO) (23,3) lideram o grupo, que totalizou 475,2 milhões. As outras 5.520 cidades brasileiras somaram 1,4 bilhão de toneladas de gases do efeito estufa. Entre os estados, o Pará foi o principal emissor do Brasil, aponta a publicação.

Altamira (PA) registrou 35,2 milhões de toneladas de CO²e em 2019. Caso a cidade fosse considerada um país, estaria na 108ª posição do ranking mundial de emissões. Países como Suécia, Noruega e Croácia produziram menos gases de efeito estufa que o município paraense, embora tenham, pelo menos, 35 vezes mais habitantes.

O município paraense de Novo Progresso registrou, em 2019, a décima maior emissão de gases de efeito estufa por habitante no país. Conhecida por ser o epicentro do desmatamento na BR-163, a cidade tem 26 mil habitantes, sendo que cada um emite 580 toneladas de CO²e por ano. Isso equivale a 14 vezes o que um morador do Qatar gera anualmente, ou seja, 40,5 toneladas.

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