RIO BRANCO
Enchente do rio Acre em Rio Branco entra para o ranking das maiores cheias já registradas
Em meio a um cenário desafiador, a cheia do rio Acre em Rio Branco está marcando seu lugar na história. De acordo com um levantamento realizado, essa já é a quinta maior cheia registrada desde que o nível do rio começou a ser monitorado.
A maior cheia já registrada na capital ocorreu em 4 de março de 2015, quando o rio atingiu uma marca impressionante de 18,40 metros. A segunda maior cheia, ocorrida há apenas 11 meses, em 3 de abril de 2023, alcançou a marca de 17,72 metros. Na terceira e quarta posição do ranking das maiores enchentes estão as ocorrências de 14 de março de 1997 (17,66 metros) e 25 de fevereiro de 2012 (17,60 metros), respectivamente. Mantendo-se no nível da última medição da Defesa Civil, que registrou 17,52 metros às 9h deste sábado, a cheia do rio Acre deste ano assume a quinta posição no ranking, que antes era ocupada pela cheia de 17 de fevereiro de 1988, com 17,11 metros.
Essa cheia histórica do rio Acre em Rio Branco está afetando diretamente a rotina de mais de 60 mil pessoas. Mais de 100 ruas foram inundadas, resultando no alagamento de milhares de residências. Para abrigar aqueles que foram afetados, cerca de 2.431 pessoas foram realocadas para 9 escolas que funcionam como abrigos públicos, além do Parque de Exposições Wildy Viana, localizado no segundo distrito da capital, de acordo com o levantamento divulgado ontem (1).
Diante dessa situação crítica, a Defesa Civil de Rio Branco tomou a decisão de interditar a rua Eduardo Asmar, conhecida como rua da Gameleira, que começou a ser atingida pelas águas do rio Acre. Além disso, as ruas Nossa Senhora da Conceição e 24 de Janeiro, na mesma região, também estão sofrendo interdição. Essas medidas têm como objetivo evitar potenciais acidentes e garantir a segurança da população.