RIO BRANCO
Enchente no Acre: Hotéis de Rio Branco contabilizam prejuízo de até R$ 5 milhões
Além das famílias diretamente afetadas pela cheia do Rio Acre, a enchente também está causando danos à classe empresarial, incluindo os hotéis. Diogo Lemos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Acre (ABiH/AC), revelou nesta sexta-feira, 8, que os prejuízos com perda de receita ocasionada pela enchente na capital acreana devem chegar a R$ 5 milhões.
Com 10 hotéis associados, Lemos explicou que, desde o início da enchente, a rede hoteleira enfrentou um aumento significativo no número de cancelamentos de reservas. De acordo com ele, nos últimos 15 dias, mais de 50% das reservas foram canceladas, resultando em um prejuízo financeiro de R$ 3 milhões.
“Em primeiro lugar, os hotéis foram afetados pelo alagamento, sendo obrigados a fechar suas portas ou permanecerem alagados e isolados. Como resultado, tiveram que cancelar diversas reservas, uma vez que a enchente impossibilitava o acesso aos estabelecimentos. Durante esse período de enchente, registrou-se um índice de cancelamentos extremamente elevado, chegando a aproximadamente 50% das reservas para a primeira quinzena de março”, declarou.
O representante também ressaltou que a situação se agrava ainda mais devido ao cancelamento do concurso da Secretaria de Fazenda, o que resultou em mais cancelamentos de reservas já agendadas. Essa nova adversidade financeira tem impactado significativamente a rede hoteleira, gerando um prejuízo estimado em R$ 3 milhões em apenas 15 dias. Se considerarmos o mês de março como um todo, a perda de receita chega a R$ 5 milhões. Esses números alarmantes evidenciam a gravidade da situação enfrentada pelos hotéis de Rio Branco.
Além dos prejuízos financeiros causados pela enchente, a indústria hoteleira de Rio Branco enfrenta outra preocupação: a extinção do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). Diogo Lemos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Acre (ABiH/AC), destacou que diversas entidades representativas do setor de hotelaria, parques e destinos estão se mobilizando para alertar sobre os impactos negativos dessa medida.
O PERSE, que concedia isenção de impostos federais por 5 anos, teve seu benefício retirado por meio de uma medida provisória, mesmo sendo considerado essencial para a recuperação do setor. Lemos ressaltou que o setor hoteleiro foi um dos mais afetados durante a pandemia e a extinção do programa agrava ainda mais a situação.