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RIO BRANCO

Enchente se aproxima, mas morador da Seis de Agosto prefere ficar: “É um bairro bom”

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Foto: Whidy Melo/ac24horas

As águas do rio começam a subir na Seis de Agosto, em Rio Branco, e as canoas, símbolos de uma realidade quase cotidiana, reaparecem nos quintais. As casas, erguidas em palafitas, testemunham cheias passadas, marcas gravadas na madeira e na memória de seus moradores. Mas, mesmo diante da iminente inundação, a resiliência prevalece. A reportagem da segunda-feira (10) encontrou um retrato dessa força na figura de Nozinho Regino, ou simplesmente Regino, um homem que há 40 anos escolheu a Seis de Agosto como lar.

As imagens falam por si: barcos pequenos, preparados para o inevitável. A familiaridade com a enchente é palpável, uma dança entre a natureza e a vida que a comunidade aprendeu a conduzir. Regino, com a serenidade de quem já enfrentou inúmeras batalhas contra as águas, resume sua situação com uma frase simples, mas carregada de significado: “Pra mim, tá bom. Estando com saúde, graças a Deus, tá bom.”

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Ele já removeu seus pertences, um ato preventivo que demonstra sua experiência e conhecimento da região. A proximidade da água não o perturba, não o assusta. Afinal, ele já passou por isso antes. Sua fé e sua aceitação diante da força da natureza são notáveis: “A água está subindo, mas estou tranquilo. É o senhor que manda, então não vou me aperrear e nem chorar.”

A pergunta sobre a possibilidade de deixar o bairro, seu lar por quatro décadas, é respondida com uma firmeza inabalável: “Não. Porque é um bairro muito bom de morar. Fica perto do centro, e você não depende de ônibus. Você vai a pé e volta a pé.”

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A declaração de Regino vai além de uma simples preferência geográfica. Ela revela um profundo vínculo com a comunidade, um sentimento de pertencimento que transcende as dificuldades impostas pelas enchentes. É uma história de adaptação, de resistência, de amor por um lugar que, apesar dos desafios, continua sendo “um bairro muito bom de morar”. A Seis de Agosto, com suas casas sobre palafitas e seus moradores resilientes, é um exemplo de como a força humana pode superar adversidades, encontrando na comunidade e na fé um refúgio diante da imprevisibilidade da natureza.

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