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Erosão avança 11 metros em um mês, ‘engole’ casas e expulsa moradores em bairro de Rio Branco

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Cinco famílias já foram retiradas de uma área de risco que desmoronou na Travessa Jucá, bairro Cidade Nova, em Rio Branco. A erosão começou há mais de seis anos, mas no último dia 19 avançou e atingiu algumas casas do bairro. Só no mês de janeiro, segundo a Defesa Civil, a erosão avançou cerca de 11 metros na região. No local, ainda há pelo menos dez moradias.

O período chuvoso contribuiu para o deslizamento no bairro. Em um dia, a capital chegou registra 35% da chuva esperada para todo o mês de fevereiro. Segundo dados da Defesa Civil de Rio Branco, entre esta terça (1) e quarta (2), choveu 106 milímetros de chuva, sendo que são esperados 299 milímetros para todo o mês.

Equipes da Defesa Civil Municipal foram até o local na noite de 19 de janeiro atender o chamado dos moradores. No dia seguinte, 20, as equipes fizeram uma vistoria e dia 21, com ajuda de trabalhadores da Zeladoria da prefeitura, retiraram as famílias para lugares seguros.

A Secretaria de Assistência Social de Rio Branco iria providenciar um aluguel social para esses moradores retirados de casa.

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Um dos moradores que tiveram a casa engolida pela cratera foi o aposentado Sebastião Ferreira. Ele confirmou que a erosão começou a se formar há seis anos às margens do Rio Acre. Sem tem como ficar no local, ele precisou se mudar.

“Nunca pensei que iria chegar nesse ponto, aconteceria isso daí. Foi quebrando, quebrando, há três anos quebrou o cano da área, mandei arrumar de novo e quebrou. Agora vou deixar passar o inverno para saber se vai continuar ou parar”, disse.

Aposentado foi um dos moradores que precisou sair de casa  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Aposentado foi um dos moradores que precisou sair de casa — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A dona de casa Jaqueline Gomes mora ao lado da erosão e fica apreensiva em dias de chuvas. Ela mora no local há três anos e também não imaginava que o deslizamento aumentaria. A moradora conta que a ordem é ligar para a Defesa Civil logo que começar a chover e a erosão voltar a atingir as casas.

“É conviver com o medo todos os dias, principalmente agora na época de chuva. Janeiro, graças a Deus, foi bem mais brando, porém, tivemos que fevereiro e março promete [com muita chuva]. Então, isso é o medo constante, fechou o tempo já estamos preocupados”, lamentou.

Defesa Civil de Rio Branco acompanha situação e monitora área de deslizamento — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Defesa Civil de Rio Branco acompanha situação e monitora área de deslizamento — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Acompanhamento

A situação do deslizamento é acompanhada pela Defesa Civil Municipal. A cidade de Rio Branco tem cerca de 21 áreas de risco.

“Temos monitorado constantemente essa erosão para verificar o avanço. Juntamente com os moradores, fizemos reuniões na prefeitura com a Seinfra e também a Emurb para iniciarmos uma obra paliativa de maneira que possamos, pelo menos, retardar o avanço da erosão”, disse o comandante da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão.

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Apesar de a área ter sido isolada pelas autoridades, no momento que a equipe da Rede Amazônica Acre fazia a reportagem algumas pessoas se arriscavam caminhando pelo local.

Erosão avança e ameaça famílias no bairro Cidade Nova, em Rio Branco
Erosão avança e ameaça famílias no bairro Cidade Nova, em Rio Branco

O comandante da Defesa Civil alertou que a população precisa respeitar o isolamento dessas áreas. Em caso de emergência, a população pode acionar o Corpo de Bombeiros no número 193.

“Colocamos aqui um isolamento para que as pessoas fiquem do lado de fora desse isolamento. Contudo, algumas pessoas ultrapassam nossa linha de segurança e recomendamos que não transitem nesses locais. As pessoas que moram aqui precisam ficar fora da área de isolamento e também monitorando como estar seu imóvel. As pessoas que estão fora dessa área não devem ultrapassar a linha. Essas recomendações são repassadas constantemente e, infelizmente, vemos algumas pessoas e até crianças ultrapassando a linha de segurança”, aconselhou.

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