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”Esperava que ele morresse primeiro”, diz ex-companheira de homem que matou esposa

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A primeira testemunha de defesa a ser ouvida nesta terça-feira (14), no Júri Popular de Hitalo Marinho Gouveia, foi Bruna Moreira Menezes, ex-esposa e mãe de duas filhas de Hitalo.

Adriana foi morta pelo ex-marido após ela descobrir a traição com a melhor amiga/Foto: Reprodução

O júri acontece na Cidade da Justiça e já foram ouvidas cinco pessoas, entre testemunhas e informantes arroladas pelo Ministério Público do Acre (MPAC).

“Foi inesperado. Quem era da família esperava uma tragédia, mas achava que o Hitalo seria morto pela Ana (Adriana), pelas agressões e pelos relatos das minhas filhas, que na época tinha 10 anos. Adriana falou que elas ficariam órfãs, porque ela mataria o pai delas”, iniciou o depoimento.

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Bruna também falou que não há o que questionar sobre Hitalo ter matado Bruna, pois ele confessou e precisa pagar pelo o que fez, mas que acha injusto dizer que ele era agressivo ou fazia o mal dela no tempo que estavam juntos, “porque acontecia o contrário, inclusive, algumas vezes na frente das minhas filhas”, disse.

“Eu não lembro ao certo qual foi o mês, mas minha ex-sogra viajou com a filha mais velha e a mais nova ficou com ele e a Ana, e ela me contou que começaram uma discussão, ela agredindo ele e correu atrás dele com uma faca, mas eu só fiquei sabendo depois. Eu só sabia de coisas superficiais, como elas terem ficado trancadas no quarto com a avó porque eles brigavam. Às vezes elas nem queriam ir para lá por causa disso”, relatou.

Bruna conta que nunca interviu nas situações que a filha contava, visto que após a separação, cada um seguiu suas vidas. “A partir do momento que eu vi que afetava a vida das minhas filhas, eu tive que intervir. Uma vez minha filha mandou mensagens dizendo que estava preocupada com a vó que estava muito triste e falando coisas estranhas, então eu printei para ele e disse que ele precisaria resolver aquilo”, lembrou.

Questionada se Hitalo já havia agredido Bruna, ela respondeu que não, inclusive jamais falou alto com ela. “Nós casamos muito cedo, foram 12 anos vivendo juntos e eu conto nos dedos as vezes que nós nos desentendemos. Foi uma surpresa a separação, até mesmo para a gente, mas todo casamento tem crise e a primeira que nós tivemos, não soubemos como lidar, acho que mais eu do que ele, então optamos pelo término”, disse, além de acrescentar que tem boa relação com Hitalo e com a ex-sogra, principalmente pelas filhas.

O juiz Alesson Braz perguntou se as crianças fazem visitas ao pai, e Bruna afirmou que sim, em todos os cronogramas de crianças.

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