RIO BRANCO
Falta de fiscalização de atiradores no Acre por 5 anos levanta preocupações
Durante aproximadamente cinco anos, o Exército Brasileiro deixou de fiscalizar os Colecionadores Atiradores desportivos e Caçadores (CACs) nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, segundo informou ao Tribunal de Contas da União (TCU). Essa falta de fiscalização abrangeu a décima segunda região militar, sediada em Manaus, que engloba os quatro estados mencionados. Nessa região, o número de CACs registrados aumentou significativamente durante o governo Bolsonaro.
Em 2017, havia 2.344 colecionadores, atiradores desportivos e caçadores nos quatro estados. Em 2018, esse número subiu para 4.440. Nos anos seguintes, o contingente de CACs na área da décima segunda região militar cresceu para 7.680 em 2019, 14.102 em 2020 e 26.471 em 2021, sem que nenhum deles fosse fiscalizado pelo Exército.
No último ano de gestão de Bolsonaro, em 2022, o número de CACs na décima segunda região militar atingiu a marca de 49.753. No entanto, o Exército afirma ter fiscalizado apenas 514 desses indivíduos, o que representa apenas 1% do total.
Diante desse cenário, o Tribunal de Contas da União iniciou uma auditoria no sistema de controle de armas e munições no ano passado, a qual ainda está em andamento.