Família de jovem degolado por linha chilena lança campanha nas redes sociais

A família de Fernando Moraes Roca Júnior, jovem que teve o pescoço cortado por uma linha de cerol enquanto dirigia uma motocicleta em Rio Branco, lançou uma campanha nas redes sociais para proibir a prática de soltar pipas em locais públicos. Eles pedem não apenas a proibição, mas também maior fiscalização e a criação de espaços específicos para essa atividade.

Segundo a família, já existe um projeto do Tribunal de Justiça para restringir a atividade em áreas públicas, porém eles buscam uma proibição completa em locais com movimentação de pessoas. Além disso, eles pedem o apoio do poder público para fiscalizar a venda de linhas cortantes, incluindo aquelas com cerol e linha chilena.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Inovação (SDTI) e Chefe do Gabinete Militar da Prefeitura de Rio Branco, Ezequiel Bino, afirmou que já foi realizada uma reunião para discutir medidas preventivas. A competência para fiscalizar essa questão ainda é uma dúvida, pois soltar pipa é uma prática cultural. No entanto, todos concordam que é necessário garantir que seja feita em locais seguros.

É importante ressaltar que Rio Branco já possui uma lei que proíbe a venda de linhas de cerol, chilenas e outros objetos cortantes. No entanto, a falta de fiscalização e a venda clandestina ainda são problemas. Além disso, muitas pessoas ainda produzem o próprio cerol utilizando cola em barra e vidro moído, o que agrava a situação.

A campanha da família de Fernando busca conscientizar a população sobre os perigos do uso de linhas cortantes em pipas e pressionar as autoridades para tomar medidas mais efetivas. A segurança e a preservação da vida devem ser prioridades, e é fundamental que sejam adotadas ações concretas para evitar novas tragédias como essa.