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Famílias retiradas da invasão Terra Prometida denunciam abandono do poder público

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No primeiro dia houve tumulto e confusão entre PM e moradores, que foram atingidos com spray de pimenta — Foto: Richard Lauriano/Rede Amazônica Acre

Um grupo de famílias que foram retiradas de uma área de terra entre os bairros Irineu Serra e Defesa Civil, localizado na parte alta de Rio Branco (AC), alegam que foram abandonadas pelo poder público.

Segundo eles, a oferta de ir para o Parque de Exposições Wildy Viana, localizado no Segundo Distrito da capital, era inviável, uma vez que, pela distância, seria impossível levar as crianças para a escola, ter apoio de parentes, além de se locomover para seus respectivos trabalhos. Outro ponto que eles alegam é o medo de serem atacados no local.

“Aqui não tem nenhum criminoso, mas sabemos como é a região do Segundo Distrito e quem garante que o governo ia nos oferecer segurança lá? Fora que não teríamos como deixar nossos filhos na escola”, disse uma moradora, que como outros optaram por se abrigarem em uma quadra na região do Irineu Serra.

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A reportagem entrou em contato com a assessoria do governo para saber o que seria feito nessa situação e foi informada que “sobre as famílias que estão na quadra da prefeitura, não podemos nos comprometer com elas porque elas foram pra lá por decisão própria. Ela não faz parte do abrigo do governo. Ainda assim, a assistência social esteve lá e encaminhou algumas famílias para o aluguel social”, informou.

Além disso, a assessoria destacou que 191 famílias foram cadastradas no aluguel social. E que, apenas, três famílias optaram por ir para o Parque de Exposições.

A equipe do NHN questionou com as famílias sobre terem ficado por vontade própria na quadra e eles informaram que ninguém quer alugar seus imóveis quando eles falam que é o aluguel social do governo.

“Quando a gente fala que é o aluguel social do governo, eles não querem alugar seus imóveis. Alegam que eles [governo] não cumpre com sua palavra, que quando paga é com atraso e por vezes nem paga. Dai ficamos aqui sem amparo nenhum do poder público”, disse um morador, que prefere não se identificar.

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