RIO BRANCO
FEREMAAC repudia falsas afirmações do “Maníaco do Horto” e reforça a importância do respeito às religiões de matriz africana

A Federação das Religiões de Matriz Africana do Acre (FEREMAAC) emitiu uma nota de repúdio às declarações do homem preso por tentativa de estupro no Horto Florestal, em Rio Branco, que alegou ter cometido o crime sob influência de um ritual de umbanda.
A nota, assinada pelo presidente Pai Célio Gomes, esclarece que o ritual descrito pelo acusado, Guilherme da Silva Cruz, de 24 anos, não corresponde a nenhuma prática das religiões de matriz africana.
“As declarações de Guilherme da Silva Cruz são completamente falsas e distorcem a verdadeira natureza das religiões de matriz africana”, afirma a FEREMAAC. “O relato de que ele teria participado de um ritual que envolvia a ingestão de sangue e consumo de cadáveres é um absurdo e um ataque à nossa fé.”
A nota destaca que a fala do acusado é um crime de racismo e intolerância religiosa, contribuindo para o preconceito e a discriminação que já assolam as comunidades afro-brasileiras.
“Essas declarações não apenas difamam as religiões de matriz africana, mas também colocam em risco a segurança e a saúde mental dos praticantes”, ressalta a FEREMAAC.
A instituição pede que as autoridades investiguem as afirmações de forma rigorosa e garante à sociedade a seriedade e a ética presentes nos cultos das religiões de matriz africana. “É fundamental que a sociedade compreenda a importância do respeito e da tolerância religiosa para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, conclui a nota.
