RIO BRANCO
Fiocruz aponta aumento de casos de SRAG no Acre, mesmo com queda de notificações de Covid-19
No decorrer do primeiro mês de 2024, conforme relatado pelo boletim da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), foram confirmados 184 casos de Covid-19. Esta cifra representa uma redução significativa em comparação ao mesmo período do ano anterior, indicando uma diminuição superior a 40% no número de notificações e casos confirmados.
Em paralelo, o mais recente Boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz revelou que dez estados apresentam indícios de crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em uma perspectiva de longo prazo, com o Acre sendo um deles. Apesar dessa projeção, os dados epidemiológicos da Sesacre indicam uma diminuição nos registros de casos em janeiro, comparativamente ao mesmo período em 2023.
De acordo com o boletim da Fiocruz, na região Norte do Brasil, o aumento da incidência concentra-se principalmente na faixa etária adulta, demonstrando associação com os casos de Covid-19 ao longo do mês de janeiro. Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, ressaltou que esta região ainda não havia sido afetada pelo crescimento observado no final do segundo semestre de 2023 no país.
Além disso, é possível observar que a faixa etária entre 20 e 39 anos representa o grupo mais frequente em busca de atendimento relacionado a quadros gripais nas unidades de saúde. Quanto aos óbitos por SRAG, os registros apontam uma redução significativa, passando de 9 óbitos em 2023 para 4 óbitos em 2024.
Diante desse cenário, a Sesacre orienta os indivíduos com sintomas leves a procurarem as Unidades de Referência em Atenção Primária (URAPS) e os postos de saúde. Já para casos graves, caracterizados por falta de ar e pressão desregulada, recomenda-se buscar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
No que tange à prevenção, a vacinação contra a gripe foi prorrogada e permanece disponível em todos os postos de saúde até o dia 29 de fevereiro. A Secretaria ressalta a importância da imunização regular, especialmente para menores de 5 anos, pessoas acima dos 60 anos e pacientes imunodeprimidos, visando evitar o surgimento de casos graves de síndromes respiratórias agudas.