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Governo promove panfletagem sobre o enfrentamento à violência contra a mulher

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Equipe distribuiu broches com laços brancos, que simbolizam a participação dos homens na luta contra a violência Foto: Carlos Alexandre/SEASDHM

A equipe da Diretoria de Políticas para as Mulheres se dirigiu às imediações do Terminal Urbano e do Shopping Popular Aquiri para disseminar informações, engajando a sociedade, principalmente os homens, em alusão ao dia 6 de dezembro, data que simboliza a campanha do laço branco, focada na busca pela sensibilidade e mobilização dos homens pelo fim da violência contra a mulher, promovendo equidade de gênero e superação de desigualdades.

Munida de empatia, muita conversa e folhetos, a equipe da SEASDHM, na companhia de agentes da Patrulha Maria da Penha, transmitiram mensagens de conscientização e informações úteis para a proteção das mulheres. Ideias e palavras que podem salvar vidas e fazer a sociedade refletir.

Um dos assuntos abordados foi a explicação dos tipos de violência que as mulheres podem passar, sendo elas:

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  • Violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.
  • Violência psicológica, que consiste em qualquer conduta causadora de dano emocional e diminuição da autoestima, que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher ou vise degradar ou até controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.
  • Violência sexual, qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
  • Violência patrimonial, qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
  • E por fim, a violência moral, qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Explicações didáticas são importantes, pois muitas pessoas passam por situações como as descritas e, por se encontrarem em um universo em que muitas dessas ações são normalizadas, não percebem a gravidade do que sofrem.

Explicações sobre ciclos de violências em que muitos casais se encontram também foram fornecidas, baseadas no conceito desenvolvido pela psicóloga Lenore Walker, a qual, por meio de estudos, identificou que as agressões cometidas em um contexto conjugal ocorrem dentro de um ciclo que é constantemente repetido.

Diretora de Política para as Mulheres, Claire Cameli, acha importante esse contato mais próximo com a população. Foto: Carlos Alexandre/SEASDHM

Segundo ela, esse ciclo inicia com o aumento de tensão, onde o agressor se irrita por motivos insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Com o aumento contínuo, se parte para o ato da violência, onde o agressor materializa sua raiva em atos violentos. E, após o agressor se mostra carinhoso e arrependido, procurando a reconciliação da relação, fazendo com que a mulher se sinta confusa e pressionada a manter o relacionamento.

Sentimentos de medo, culpa e ilusão acabam fazendo parte da vivência do casal, que entra nesse ciclo, o qual deve ser quebrado. Muitas mulheres que sofrem violência não falam sobre o problema, enquanto muitos dos agressores constroem uma autoimagem de parceiros perfeitos, dificultando a revelação da violência pela mulher.

Servidores da SEASDHM e a Patrulha Maria da Penha se mobilizaram para informar a população. Foto: Carlos Alexandre/SEASDHM

Se você conhece alguma mulher que sofre qualquer tipo de violência, a fortaleça e a instrua sobre os serviços de proteção e acolhimento. Um deles é o Ligue 180, uma central de atendimento direcionado ao cuidado à mulher, criado para o combate à violência contra a mulher e oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas. Pode ser acessado de forma gratuita, com completo sigilo e segurança.

A Diretoria de Política para as Mulheres também fornece acolhimento, atendendo das 8h às 14h, e pelo número (68) 99247-7989. O telefone 190, da Polícia Militar, e o Disque Denúncia 181 também podem ser acessados.

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