RIO BRANCO
Greve de professores em Rio Branco reforça luta por direitos trabalhistas

A cidade de Rio Branco enfrenta uma greve de professores e funcionários da educação, iniciada em 16 de maio, que afeta mais de 55 escolas. A paralisação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), é um protesto contra o descumprimento de direitos trabalhistas garantidos por lei, segundo o sindicato.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste do Piso Nacional do Magistério, além da recomposição salarial para outros profissionais da educação, considerando a inflação. Também são exigidos o pagamento de auxílios alimentação e saúde, e o cumprimento da carga horária de trabalho (oratividade) prevista em lei, atualmente estimada em 8 horas e 33 minutos, mas cumprida apenas em 5 horas, segundo o sindicato.
A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, destaca que todas as reivindicações estão amparadas em legislações federais, superando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ela critica a gestão municipal, alegando que a falta de pagamento não se deve à falta de recursos, mas sim à falta de priorização da valorização dos servidores. A greve é vista como um instrumento de pressão para que o município cumpra com suas obrigações legais.
O sindicato conclama a adesão total dos profissionais da educação ao movimento grevista, buscando a paralisação de 100% das escolas. A legalidade da greve está sendo garantida por meio da documentação junto ao Ministério do Trabalho. O movimento demonstra a determinação dos trabalhadores da educação em lutar por seus direitos e por um sistema educacional que valorize seus profissionais. A situação exige uma resposta imediata da prefeitura para evitar maiores prejuízos ao calendário escolar e à qualidade da educação em Rio Branco.
