RIO BRANCO
Guerra no Oriente Médio ameaça disparar preços de combustíveis no Acre

A escalada de tensões no Oriente Médio, envolvendo Irã, Israel e Estados Unidos, acende um sinal de alerta para o Acre: a possibilidade de aumento significativo nos preços dos combustíveis. A incerteza no mercado internacional, gerada pelos conflitos, já preocupa o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindepac).
Delano Lima, presidente do Sindepac, prevê reajustes nos preços ainda neste mês, alertando que a situação internacional pode anular os efeitos da última redução. A imprevisibilidade da situação dificulta a previsão de valores exatos, mas o cenário é considerado preocupante.
A aprovação, no último domingo, pelo parlamento iraniano do fechamento do Estreito de Ormuz, rota crucial para o transporte de petróleo (cerca de 20% do total mundial), agrava a situação. Essa medida, se implementada, causaria uma drástica redução na oferta global, elevando os preços.
No Brasil, a Petrobras sinalizou um possível reajuste de preços para esta semana, refletindo a instabilidade internacional. A interrupção das vendas de petróleo pelo Irã, um dos maiores exportadores mundiais, como retaliação geopolítica, amplificaria ainda mais a pressão sobre os preços globais.
Com a ameaça de alta no preço do barril de petróleo, os postos de combustíveis acreanos se preparam para impactos imediatos. O Sindepac recomenda aos consumidores que acompanhem atentamente os reajustes e cobra do governo federal medidas para mitigar os efeitos negativos, principalmente nos estados da Região Norte, historicamente mais vulneráveis a essas flutuações.
