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Imigrantes em abrigo do governo são vacinados contra a Covid-19

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Maioria dos 48 imigrantes que residem no abrigo do governo foram imunizados. Foto: Júnior Aguiar/Sesacre
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), em parceria com a Unidade de Saúde Francisco Roney Meireles, levou nesta terça-feira, 14, a campanha de vacinação contra a Covid-19 para a Chácara Aliança, abrigo de imigrantes na capital.

Atualmente, a chácara abriga 48 imigrantes, todos venezuelanos, num ambiente com 21 alojamentos e que fornece três refeições por dia, além de material de higiene pessoal, banheiros e uma cozinha comunitária.

A aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 se dá justamente um dia antes que 36 pessoas deixem o abrigo. Para esses estrangeiros, o Acre é apenas a porta de entrada para o país e, com o apoio da ONG Organização Internacional Para as Migrações, a maioria conseguiu passagem para ir a algum dos grandes centros urbanos do país, principalmente no Amazonas, São Paulo e Santa Catarina.

Ainda assim, segundo o coordenador do abrigo, Cristian Souza, por mais que um número considerável deixe o espaço agora, mais 50 devem chegar de Assis Brasil já na próxima segunda-feira. O povo venezuelano é considerado refugiado no Brasil e, depois de protocolados em sua chegada, com a emissão de CPF e cartão do SUS, têm todo o tratamento como cidadãos brasileiros. Com a atual política de deportação de estrangeiros em vigência no Peru, é esperado que o movimento migratório aumente na fronteira do país com o Acre nas próximas semanas.

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“Estamos dando todo o suporte para que eles tenham uma estadia tranquila. O governo tem feito a sua parte para acolher da melhor maneira essas pessoas, a prefeitura também tem um abrigo e uma equipe de acolhimento. A maioria aqui vai seguir viagem a partir de amanhã, e a vacinação ajuda a dar uma segurança neste momento”, conta Cristian.

Presente no abrigo, falando português e ajudando os colegas a se comunicarem com todos os profissionais da assistência social e de saúde, o venezuelano Tomás Velasquez foi um dos mais animados em tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

“Estando vacinado eu não tenho tanto risco de ter algo grave com o negócio do vírus, né? Agora viajo mais tranquilo pro meu destino, todos os meus amigos estão se vacinando também e tá tudo certo”, conta o migrante.

A Unidade Francisco Roney Meireles também levou testes rápidos de Covid-19, HIV, sífilis e hepatites, além de ser uma parceira nos atendimentos básicos de saúde necessários para as pessoas do abrigo.

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