O médico abre o vídeo informando que a doença é transmitida especificamente pelo carrapato silvestre, do cavalo e da capivara. “Não é o mesmo carrapato comum do seu cão”.
Thor lembra que a doença é rara no país, com menos de 170 casos por ano. O médico disse ainda que apesar da preocupação, a maioria dos registros ocorre na Região Sul, Sudeste e Mata Atlântica.
“A doença ainda não foi identificada aqui na nossa região Amazônica. A gente tem aqui as capivaras, tem os carrapatos, mas a bactéria não está circulando entre eles. Não foi identificada entre nós ainda. O que a gente precisa do ponto de vista da saúde humana, é manter os estudos regulares buscando a doença no carrapato para identificar a circulação da bactéria antes de ocorrer entre seres humanos. Assim a gente se prepara para uma eventual chegada dessa bactéria entre nós”.
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O que mais preocupa os especialistas é a alta taxa de letalidade da doença. “O problema é que no início ela se parece muito com qualquer outra doença febril e o diagnóstico passa desapercebido. Se é tratada no início a evolução é boa, mas demora muito para ser tratada em fase mais tardia, a letalidade é alta, chega a 70%”, disse Thor.
Ao final, Thor explica como o paciente precisa se portar caso perceba algum carrapato na pele. “Eles são bem pequenininhos, como mucuins e meruins. Se ver que tem, é preciso tirar com uma pinça. Puxando pela parte mais perto da pele. Assim você evita dele soltar a saliva, que é de onde vem a bactéria. Se você espreme ele, ele tende a soltar mais saliva”.
No Acre, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), ainda não houve nenhum caso confirmado de febre maculosa, transmito pelo carrapato silvestre.