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Invisíveis e marginalizados: O retrato da população em situação de rua no Acre

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No Acre, mais de 300 pessoas vivem em situação de rua, de acordo com uma pesquisa recente. Essa realidade reflete uma situação preocupante que o Brasil enfrenta, com uma população em situação de rua de 227 mil pessoas em 2023. No Acre, especificamente, são 303 pessoas vivendo nessas condições, o que representa uma taxa de 36,5 por 100 mil habitantes.

Os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que o número de pessoas em situação de rua no Brasil aumentou mais de 10 vezes desde 2013. Esse crescimento está diretamente relacionado à crise político-econômica de 2014 e à pandemia de Covid-19, que agravaram as condições de vulnerabilidade social.

Ao analisar a distribuição da população em situação de rua no Brasil, observa-se que a maior proporção está no Distrito Federal, com 274 mil indivíduos em toda a unidade federativa. Essa taxa é seguida por Roraima (242), São Paulo (206), Rio de Janeiro (128) e Santa Catarina (116). Por outro lado, as menores taxas são observadas no Tocantins (16,4), Amapá (17,5), Pará (22,0) e Paraíba (23,2). Em termos absolutos, o estado de São Paulo apresenta o maior número de pessoas em situação de rua, com mais de 91 mil indivíduos, enquanto o Amapá possui o menor número, com 129 pessoas.

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A população em situação de rua, também conhecida como “moradores” de rua ou sem-teto, são pessoas que utilizam espaços públicos como moradia e fonte de sustento, sobrevivendo em condições de extrema pobreza. É importante destacar que 60% dessas pessoas não vivem na cidade em que nasceram, mas 70% permanecem no mesmo estado de nascimento.

Quanto à composição demográfica, apenas 4% da população em situação de rua são estrangeiros, sendo que 30% deles são provenientes da Venezuela e 32% atravessaram o mar, vindos de Angola. Além disso, 88% dos adultos em situação de rua são homens, 51% são pardos, 31% são brancos e 18% são pretos. A idade média é de 41 anos, com 2,5% de crianças e adolescentes e 3,4% de idosos. Os principais problemas apontados em relação a essa circunstância são o desemprego e problemas de ruptura dos vínculos familiares.

É fundamental que a sociedade e as autoridades se mobilizem para enfrentar essa realidade e garantir políticas públicas efetivas que promovam o acolhimento, a inclusão social e a busca por soluções para a situação de rua no país.

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