Justiça condena policiais ao semiaberto por tortura de jovens em Rio Branco

Após mais de sete anos de espera por justiça, três policiais militares foram condenados ao regime semiaberto por tortura e abuso de autoridade. O caso, que chocou a população acreana, ocorreu em 2017, quando os policiais Raimundo Nonato Marcelino, Jorge de Freitas Maciel e Dhiego da Silva foram flagrados agredindo brutalmente três jovens com pedaços de ripa durante uma abordagem no bairro Eldorado, em Rio Branco.

A decisão da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Acre, que julgou procedente a denúncia do Ministério Público, condenou os policiais a penas que variam de 4 anos e 2 meses a 6 anos e 27 dias.

O vídeo da agressão, que se tornou público, mostra os três jovens algemados e deitados no chão, enquanto os policiais os agridem com brutalidade. As imagens, que chocaram a sociedade, evidenciam a violência desmedida e a crueldade com que os policiais agiram, violando os direitos humanos e a dignidade das vítimas.

A condenação dos policiais, apesar de tardia, representa um importante passo para a responsabilização por crimes de tortura e abuso de autoridade. A justiça, ao reconhecer a culpa dos agentes, reafirma o compromisso com a proteção dos direitos humanos e a punição de atos de violência praticados por agentes do Estado.

A decisão judicial também serve como um alerta para a necessidade de combater a impunidade e garantir que crimes como esse não se repitam. A sociedade civil, o Ministério Público e o Poder Judiciário devem trabalhar em conjunto para garantir que a justiça seja feita e que os direitos humanos sejam respeitados por todos, inclusive por aqueles que estão encarregados de fazer cumprir a lei.

Após o trânsito em julgado da sentença, os PMs serão monitorados por tornozeleira eletrônica. A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão.

Acompanhe o vídeo da ação divulgado em 2017