Levantamento aponta que 85% das acreanas vítimas de feminicídio eram pretas

Um levantamento realizado pelo Observatório de Análises Criminais do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e Observatório de Gênero (Obsgênero) do Ministério Público Estadual (MP-AC), entre 2018 e 2022, apontou que das 60 mulheres que foram vítimas de feminicídio no Acre, neste período, 85% eram pardas ou pretas.

Segundo a coordenadora da Associação de Mulheres Negras do Acre (AMN/AC), Almerinda Cunha, para se combater o feminicídio tem que se combater as violências, as ideias patriarcais, racistas e machistas. Ela destaca ainda que é necessário a compreensão de que vidas negras importam e que a vida da mulher importa.

O estudo aponta ainda que as vítimas 65% das vítimas tinham idade entre 14 e 34 anos, 32% idades entre 32 e 59 anos. Além disso, das 60 mulheres assassinadas, 10% eram brancas e 5% indígenas.

Outro ponto que o levantamento traz é que 72% dos casos ocorreram dentro de casa e que 70% das vítimas eram mães. Atualmente, o estado está ocupando a quarta posição no ranking nacional de feminincído.